quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Resenha | A vida em tons de cinza

A vida em tons de cinza
Autora: Ruta Sepetys.
Tradução: Fernanda Abreu.
Páginas: 240.
ISBN: 9788580410167.
Editora: Arqueiro.
Skoob: aqui.

Sinopse:

1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias. 

Para nós, brasileiros, o assunto guerra é muita vezes coisa de outro planeta. Menos para aqueles que se interessam pelo assunto. Nós não vivemos as mesmas guerras que o povo europeu sofreu, por exemplo. Muitas pessoas sabem como é horrível perder um filho ou outro parente nas mãos de criminosos. Mas Lina, em 1941, começou a sentir na pele os horrores de ser considerada criminosa sem mesmo ter cometido crime algum.

Quando trrês agentes da polícia soviética, a  NKVD, chegam a sua casa, Lina não sabe exatamente o que está acontecendo. Sua mãe está desesperada, querendo que os filhos reúnam a maior quantidade de coisas utéis. Após um tempo, Lina, sua mãe e seu irmão mais novo, Jonas, são colocados em um caminhão onde outras pessoas já os aguardavam sem saber muito bem para onde iam.

Lina descobre que a guerra não perdoa ninguém quando param na frente de um hospital, onde os agentes da NKVD pegariam mais uma pessoa que estava na lista.

"Eles estavam esperando. Uma mulher que também constava da lista estava dando a luz um bebê. Assim que o cordão umbilical fosse cortado, os dois seriam jogados dentro do veículo." 
 Pág.19

A partir daí, nada fica fácil na vida de Lina, sua família e todas aquelas pessoas estranhas que são jogadas num vagão de trem rumo ao desconhecido. Eles passam por todos os horrores da guerra: fome, maus tratos, humilhação. Mas através de seus desenhos, Lina tenta deixar pistas para que seu pai saiba onde eles estão. Ela tenta entender por que sua família fora levada para aqueles campos, sendo que famílias parecidas com a dela continuaram em suas casas.

O que eu gosto de histórias de guerra, mesmo elas sendo fictícias como essa, é que vemos até onde o ser humano suporta a opressão, até onde o ser humano é levado para proteger o que lhe é mais caro. Mas há também o outro lado: o que leva uma pessoa a ser tão cruel com outra? Eu fico muitas vezes pensando o que eu faria se eu vivesse naquela época e passasse por tudo aquilo. Quem eu seria? Em qual lado eu estaria? Será que eu ia suportar?

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Quem comentar na resenha (comentário bom, nada de "gostei", "legal" e etc), estará concorrendo a um marcador de Ladrões de Elite e Como se livrar de um vampiro apaixonado. O resultado será divulgado segunda-feira, dia 12/09. Sigam o blog e deixem uma forma de contato nos comentários (e-mail, Twitter...).

Resultado
1 - Pam Fardin
2 - Babih Gois
3 - Monique Melo
4 - Gabriela Wegner
5 - Nicholas
6 - Cynthiazinha


Parabéns, Monique! Vou enviar um e-mail para você, tá?
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