quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Resenha | A linguagem das flores

A linguagem das flores
Autora: Vanessa Diffenbaugh.
Tradução: Fabiano Morais.
Páginas: 304.
ISBN: 9788580410174.
Editora: Arqueiro.
Skoob: aqui.

Sinopse:

Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.

Você sabia que o simples ato de enviar flores já foi usado para transmitir sentimentos que as pessoas normalmente não ousavam contar de viva voz? Se você fosse um cavalheiro da era vitoriana, bastava oferecer uma rosa vermelha a uma dama para declarar seu amor. Isso porque rosas vermelhas simbolizam exatamente isso: amor. Mas, e se você oferecesse uma rosa amarela? Seu significado seria algo completamente diferente e, com certeza, partiria o coração da dama em questão.

Afinal, Victoria Jones não tem esse nome à toa. Órfã, ela estava desiludida quanto a encontrar uma família que a adotasse. Mas quando ela foi levada para morar com Elizabeth, uma mulher sozinha que cuidava de um vinhedo, descobriu nela uma versão "adulta" sua. Elizabeth nunca deu mole para as pirraças daquela garotinha de 8 anos e nunca desistiria dela. Embora cuidasse de uvas, Elizabeth conhecia a florigrafia, a linguagem das flores, e transmitiu o máximo de conhecimento possível para Victoria sobre botânica e sobre o que ela estaria dizendo ao presentear alguém com flores. Mas Victoria não usava esse conhecimento para transmitir seus melhores sentimentos para com as pessoas.

Com Elizabeth, parecia que tudo ia dar certo. Enfim, Victoria teria uma família. Mas Victoria, num ato desesperado, faz algo que coloca tudo a perder.

Após dez anos, Victoria precisa urgentemente encontrar um rumo para sua vida. Depois de ser "despejada" de um abrigo para o qual os órfãos eram levados ao completar 18 anos, ela passa a viver na rua cuidando das flores de uma praça. Sua única paixão em todos aqueles anos que se passaram depois daquele terrível acontecimento com Elizabeth, lhe levaram a procurar um emprego numa floricultura. E é nessa floricultura que tudo, de fato, começa a acontecer para ela.

O livro é muito bom! E olha que eu passei a gostar mais dele para o final e, por isso, dei 4 estrelas no Skoob. Gostei quando Victoria começa a trabalhar na floricultura e meio que serve de terapeuta para os clientes que buscam nas flores um modo de trazer de volta a alegria de suas vidas. O legal é que Victoria trabalha com o conhecimento que Elizabeth lhe ensinou. Por que isso? Será que assim ela está tentando buscar um meio de se desculpar pelo seu erro de quando criança? E que coisa tão terrível foi essa que ela fez que a perseguiu todos esses anos?

Usando capítulos alternados para contar sobre o passado de Victoria com Elizabeth e sua vida no presente, com as consequências de seus atos, e com poucos personagens, mas embora bem construídos, Vanessa conseguiu me conquistar com esse livro.
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