Por isso a gente acabou
Autor: Daniel Handler.
Tradução: Érico Assis.
Páginas: 376.
ISBN: 9788535920239.
Editora: Cia das Letras.
Sinopse:
Por isso a gente acabou trata, com a comicidade típica do autor, de uma
situação difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma
relação amorosa e toda a angústia, tristeza e incerteza que essa
vivência pode gerar. Min Green e Ed Slarteron estudam na mesma escola e,
depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado,
acabam o namoro.
Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitiva,
entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o
casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do
episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova
razão para o rompimento.
Olá, leitores! Hoje eu vou falar sobre um livro que foi muito comentado na blogsfera no mês passado. Confesso que fiquei muito curioso para conhecer a história porque muitos blogs que eu leio falaram bem. Mas... eu não curti. Vam'bora saber o por quê?
Após o fim de um relacionamento amoroso, Min Green, apelido de Minerva, deusa romana da sabedoria, envia uma caixa cheia de objetos - e quinquilharias - para Ed Slarteton com uma extensa carta explicando o significado de cada um em particular, ligando-os a algum momento da vida deles. O livro todo, portanto, é essa carta de Min.
Eu não tive uma identificação com os personagens. Um dos momentos que eu mais gostei foi o da fogueira, em que os jovens se reúnem para queimar algum objeto que lhes traga alguma lembrança. Eu achei a Min muito chata e se eu fosse o Ed mandaria a caixa de volta com uma outra carta dando razão em não estar mais com ela, mesmo tendo errado. Sei lá, acho um pouco paranóico ficar guardando coisas assim. Gente, vocês que se apaixonaram - ou se apaixonam rs - alguma vez na vida, digam-me: vocês guardam qualquer coisa que marcou algum momento ao lado da pessoa que gostam?
A história não me empolgou muito. Tive uma dificuldade de leitura bem considerável. Os parágrafos extensos, às vezes ocupando uma página inteira, fizeram a leitura se tornar cansativa em alguns momentos. Daniel faz muitas referências a cenas de filmes de que eu nunca ouvi falar, me deixando perdido enquanto lia. Essas referências são por causa de Min, que adora filmes e sonha em ser diretora. O trabalho gráfico ficou muito bonito, colaborando bastante para tornar a leitura mais dinâmica quando Min não está divagando. As páginas são de um papel especial que torna o livro, como objeto físico, mais pesado.
Espero que vocês tenham a oportunidade de lê-lo para tirar suas próprias conclusões. É possível que em vocês ele desperte uma identificação maior do que ocorreu comigo.
