Autor: Rick Riordan.
Tradução: Rodrigo Peixoto.
Páginas: 440.
ISBN: 9788580570083.
Editora: Intrínseca.
Sinopse:
Depois de salvar o Olimpo do maligno titã Cronos, Percy Jackson e seus
amigos trabalharam duro para reconstruir seu mais querido refúgio, o
Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá
de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia. Uma
mensagem que pode se referir a qualquer um deles:
"Sete meios-sangues responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal."
Os campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para
sobreviver, precisarão contar com a ajuda de alguns heróis, digamos, um
pouco mais experientes - semideuses dos quais todos já ouvimos falar... e
muito.
“Linda,
inteligente e violenta. Jason adoraria lembrar que aquela era sua
namorada.”
Jason, pág. 22.
Em O
Herói Perdido, Rick Riordan nos apresenta três novos
semideuses. Leo é um garoto que perdeu a mãe num terrível
acidente. Ele é um pouco solitário e tem muita facilidade em
construir coisas, pois sua mãe era dona de uma oficina e ele sempre
a ajudava. Piper é uma garota que se metia sempre em encrencas do
tipo mais estranhas possíveis - de algum modo misterioso, ela
conseguia convencer as pessoas a darem para ela o que ela quisesse.
Ela gosta muito do pai, mas às vezes sente que ele é ausente por
causa de sua profissão. Já Jason, o primeiro a nós apresentado,
aparece do nada num ônibus escolar que está a caminho de uma
excursão. Ele simplesmente não sabe quem ele é, quem são as
pessoas ao redor dele e como foi que ele chegou naquele ônibus.
A
história acontece no mesmo universo de Percy Jackson e os
Olimpianos. Não é obrigatório
ler os cinco livros com Percy para entender O Herói
Perdido. Mas eu aconselho, pois
os personagens da outra série também aparecem aqui e seus feitos
são citados. Como eu li Percy Jackson e os Olimpianos
há um certo tempo, demorei um pouco para lembrar o que esses
personagens que voltam ou são só citados fizeram na outra série.
“(...)
Conhecia bem a sensação de querer fugir das pessoas, de não
pertencimento. Sabia o que era esconder-se em uma oficina, em vez de
lidar com as formas orgânicas de vida.”
Leo, pág.
262.
A
narrativa é focada nos três novos semideuses apresentados. A cada
dois capítulos, temos as impressões de Jason, Piper e Leo sobre os
acontecimentos vivenciados no Acampamento Meio-Sangue e no mundo
real. Isto torna a história mais dinâmica, descontraída e faz com
que conheçamos mais profundamente cada personagem. A narrativa agora
é em terceira pessoa, diferentemente de Percy Jackson e os
Olimpianos em que Percy é quem nos conta a história. Isso fez um diferencial absurdo para mim.
Rick conseguiu me envolver como contador de histórias. Ele pega mitos que supostamente deveríamos conhecer e nos prende a atenção em cada linha, termina cada capítulo nos aguçando a curiosidade para continuarmos com a leitura. Gostei bastante dele ter mesclado os mitos e histórias dos deuses gregos com os deuses romanos.
“(...)
Mas a beleza é encontrar o que melhor nos serve, o que é mais
natural em nós. Para ser perfeita, você precisa sentir-se perfeita
consigo mesma... Evite tentar ser algo que não é.”
Piper, pág.
342.
O Herói Perdido me deixou com uma sensação muito boa de “e
se fosse verdade?” que somente Harry Potter me proporcionou. O
final é extremamente empolgante e acaba de forma tão repentina que
a gente pensa que está faltando páginas ali, porque simplesmente
não deveria acabar de forma tão cruel.
Recomendadíssimo, gente!