Oi, gente.
Hoje trago para vocês mais algumas capas dos lançamentos da editora Rocco. Fiquem ligados nas redes sociais da editora para receber em primeira mão as novidades sobre seus livros! 
Uma Fera Feroz - Garth Nix
De autoria de um dos maiores escritores de obras infantojuvenis da  atualidade, Garth Nix, Uma fera feroz reúne quatro histórias criativas e  engraçadas, que se cruzam de forma sutil em uma narrativa ágil e  envolvente. Alguns objetos e personagens reaparecem, assumindo outras  posições. Entre eles, ratos piratas, bruxas e magos, alienígenas,  serpentes gigantes e outros seres dignos de um mundo encantado, onde a  imaginação tem passe livre. Todos os contos apresentam lugares e  personagens com nomes curiosos.
No primeiro, o menino Peter se junta a um grupo de ratos piratas da  Marinha Ratífica Real para recuperar alguns DVDs roubados pelos ratos  que praticam pirataria. Dividido em dois mundos – Lá-em-Cima e Mundo do  Nunca – Peter segue a bordo do navio Timão de Aço contra a tripulação de  Pão-na-Chapa, capitão do navio Gaveta Bagunçada. Para enfrentar um  capitão cuja poderosa arma era um pão fino e petrificado, Peter sabia  que somente algo macio e grudento poderia detê-lo.
No próximo conto, a princesa Clorinda – Rinda – está sempre inventando  histórias de monstros, bichos e anões malignos que viajavam acompanhados  de dragões. Não é difícil imaginar que ela inventaria alguma história  terrível transformando o seu porco de estimação.
Com pais sempre muito ocupados para lhe dar atenção – uma rainha  guerreira e um rei mago que vestia uma capa coberta de estrelas  prateadas –, Rinda achava tudo muito chato e monótono, e foi em busca de  algo medonho e emocionante. Por “sorte”, acabou no estômago de um  monstro. Mas, no lugar de encontrar fedores, cheiros e ácidos capazes de  dissolver uma pessoa em poucas horas, ela descobriu algo surpreendente.  E a aventura começou.
O terceiro conto narra a exótica trajetória de Bill, desde que foi  encontrado, ainda bebê, na rua, embrulhado em uma enorme casca de  banana. Ele foi deixado no Lar O’Squealin, onde cresceu feliz e  desenvolveu seu talento como inventor. Uma das suas engenhosidades era  uma máquina de servir sucrilhos na boca, usando seis elásticos, uma  colher e quatro dos ratos que moravam no sótão correndo dentro de uma  roda. Alguns casais nada convencionais apareceram para adoção, e Bill  pôde desvendar o mistério da casca de banana.
Serena Smith – a caçula superdotada das dezessete filhas de Sam e Suzan  Smith – protagoniza o último conto. Para afastar uma serpente marinha –  que destruía os barcos de Blubber Point –, a prefeita da cidade pediu  que uma criança fosse lançada como isca para que o monstro fosse embora;  todas as cidades fizeram isso, mas nenhuma das outras crianças tinha  sido vista novamente. Corajosa, Serena se candidatou. Ela descobriria  algo curioso sobre os hábitos alimentares daquela serpente, e o destino  das outras meninas.  
Tudo destruído, tudo queimado - Wells Tower
A temporada numa casa de praia onde um homem de vida recém-devastada  fora buscar refúgio acaba se transformando numa sequência de pequenos e  desconcertantes acidentes; o reencontro de dois irmãos separados pela  distância e por anos de discórdia desenrola-se numa caçada nas  montanhas, onde o mais velho abate um alce doente; um crime sexual  contra uma criança vira o ponto de partida para um giro inusitado pelos  bastidores de um parque de diversões, descortinando um universo sombrio  habitado pelos mais diversos tipos de desajustados.
Pelos nove contos de Tudo destruído, tudo queimado, desfilam personagens  tocados pela má sorte. Relações fracassadas, competições em família,  traições, abandono – os gêneros mais corriqueiros de amargura estão à  espreita, página a página. O jeito como pegam o leitor de surpresa,  porém, está menos na sua imprevisibilidade do que na forma lírica,  bem-humorada e minuciosa como são esquadrinhados.
Por isso, o livro de estreia do jornalista Wells Tower foi aclamado pela  crítica americana sob a égide de adjetivos os mais diversos, do  “delicado” ao “brutal”. De uma forma ou de outra, muitos olhares sobre a  obra se mostraram desconcertados pelo carinho e a ternura com os quais o  autor descreve a dor, a solidão e a raiva de seus personagens, deixando  evidente, já em sua estreia, um inabalável estilo próprio. O The New  York Times resumiu: “Tudo destruído, tudo queimado perfila Tower  decididamente no rol de escritores de talento raro.” E a New Yorker o  incluiu em sua prestigiosa seleção dos 20 escritores com menos de 40  anos que representam o melhor da ficção norte-americana atual.
Em comum entre os protagonistas de suas histórias, uma característica  prosaica: eles só querem um pouco de paz. Mas, por uma sucessão de  acasos, detalhes que entram na trama como uma mosca no enquadramento,  essa busca por paz acaba se transformando em mais infelicidade.
Como em “Leopardo”, no qual um menino se faz de doente para escapar do  dia na escola. Em casa, porém, esbarra na desconfiança obsessiva do  padrasto, enquanto é assombrado pela possibilidade ao mesmo tempo  excitante e assustadora de ter um leopardo passeando pelo seu quintal.  Ou em “Pelo vale”, onde um homem atende ao pedido da ex-mulher para  resgatar seu marido atual, acidentado, em um retiro espiritual nas  montanhas. A viagem de carro, porém, se transforma num pesadelo.
Dos nove contos do livro, apenas um não se passa nos Estados Unidos  contemporâneo, e é ele que dá título ao livro. Em “Tudo destruído, tudo  queimado”, um grupo de vikings viaja até uma ilha pequenina, de onde  acreditam que estejam lhes mandando dragões e pragas da lavoura. No  vilarejo, empreendem sua habitual festa de crueldades, com mutilações,  saques, incêndios e assassinatos. Em foco na narrativa, porém, não estão  os ângulos da barbárie, e sim as trilhas de insegurança, hesitação,  ternura, solidão. Um dos vikings se apaixona por uma aldeã, e a leva com  ele. Outro, o protagonista, só quer voltar para casa e passar as tardes  ao lado da esposa, vendo as mudanças de cores do fiorde defronte.  Quando enfim retornam ao continente, é esse protagonista quem resume a  angústia que permeia todas as histórias. O perigo é familiar, e ronda  todas as casas, todas as vidas; ele pode estar remando em sua direção. 
Uma bela escapada - Anna Gavalda
Para lembrar o leitor de que a vida é feita de momentos, o novo romance  da francesa Anna Gavalda, autora de Enfim, juntos, adaptado para o  cinema por Claude Berri, retrata algumas boas horas na vida de quatro  irmãos. A caminho do casamento de um primo distante, Simon, Lola e  Garance, que vivem nos arredores de Paris, estão claramente contentes,  mais pela possibilidade de se reunirem depois de tanto tempo separados  do que propriamente pela cerimônia que está para ser celebrada. Mas ao  chegarem à pequena cidade onde seria realizado o casamento se  decepcionam ao saber que o caçula, Vincent, não pudera ir, por estar  trabalhando.
Enquanto estão num bar próximo à igreja bebericando à espera da  celebração, Simon tem a ideia de abandonar o casamento dos parentes com  as duas irmãs e irem passar o dia no antigo castelo medieval onde  Vincent trabalha como guia turístico. Sem titubear, os três irmãos  entram no carro e, em questão de minutos, estão novamente na estrada,  com o rádio ao som de Bee Gees cantando “And we’re stayin’alive...”.
Uma bela escapada é uma deliciosa viagem de volta à infância e  adolescência desses quatro irmãos que, apesar de estarem separados pelas  imposições da rotina diária, deixam de lado os problemas do cotidiano  para aproveitar ao máximo a improvisada reunião familiar.
Juntos, os quatro se divertem, vão ao casamento de uma desconhecida,  participam de uma festa num acampamento cigano, fazem piquenique, tomam  banho de rio e, mais do que tudo, riem da vida e de si mesmos, antes de  regressarem para o corre-corre do dia a dia.
Se, inexoravelmente, “o tempo separa aqueles que se amam e nada dura  para sempre”, Uma bela escapada tem o poder de ao menos roubar-lhe  algumas horas e eternizá-las na memória dos quatro protagonistas, que,  ao revisitarem seu passado, acabam se reconciliando com o presente e  reinventando seu futuro.













