Autora: Carolyn Jess-Cooke
Tradução: Geni Hirata.
ISBN: 9788532528131.
Páginas: 384.
Editora: Rocco.
Skoob
Sinopse:
O romance conta a história de Alex, um garoto de 10 anos que, desde a
morte do pai, tem como melhor amigo um demônio de nove mil anos. Após a
tentativa de suicídio da mãe, Alex conhece Anya, uma psiquiatra infantil
que sofre com a esquizofrenia da própria filha. Ao longo do tratamento
de Alex, porém, Anya passa a questionar suas próprias certezas: seria
ele esquizofrênico ou o garoto realmente é capaz de ver demônios?
Eu tinha algumas expectativas em relação a este livro. Sempre gosto quando os escritores criam histórias com crianças, mas não voltadas para as crianças. O menino que via demônios superou minhas expectativas.
Alex Broccoli é um garoto de 10 anos que, a partir dos 5 anos, passa a enxergar demônios após sua mãe lhe contar que o pai fora embora. Ruen tem mais de 9 mil anos humanos e lhe aparece com uma aparência impressionante: um rosto sem face, um chifre de rinoceronte vermelho se projetando da testa entre outras coisas. Depois, somos apresentados a suas outras formas. Mesmo com essa aparência grotesca, Alex se sentira bem quando o demônio dissera ser seu amigo, mas Alex tinha suas dúvidas.
Ruen explicou-me muita coisa sobre quem ele é e o que faz, mas nunca por que eu consigo vê-lo quando ninguém mais consegue. Acho que somos amigos. A questão é que o que Ruen me pediu para fazer me faz pensar que ele não é absolutamente meu amigo. Ele quer que eu faça algo muito ruim.Ele quer que eu mate uma pessoa.Página 13.
Anya Molokova sempre guardou folga no dia 06 de maio desde que um acontecimento terrível e perturbador ocorrera. Esse acontecimento lhe dá uma dor profunda, pior que qualquer outra que ela já sentira. Nem mesmo a perda da mãe afundando no câncer e todos os relacionamentos amorosos perdidos multiplicados mil vezes não chegam perto do que ela sente. Psiquiatra infantil, ela aparece na vida de Alex cinco anos após o garoto começar a enxergar demônios, quando a mãe dele tenta se matar.
A narrativa é em primeira pessoa, intercalando o ponto de vista de Alex e Anya. Isso foi um ponto essencial para criar o clima de dúvida, crença e descrença que permeia a narrativa. Através da racionalidade de Anya, somos levados tentar diagnosticar se o garoto possuiu algum distúrbio e se Ruen é a representação de um amigo imaginário criado pela solidão, pressão e drama que Alex tem de aguentar para seguir em frente. Cada vez que Anya chega perto de alguma conclusão, Alex a leva a questionar além do que os olhos podem ver.
Alex nos desnorteia, nos confunde e faz com que questionemos a realidade das coisas. Durante as conversas com Anya, ele age de forma curiosa. Apesar de muitas vezes responder as perguntas que ela faz, é como se ele estivesse sintonizado em outro mundo, falando com outras pessoas e transmitindo o que escuta. Ele tem um humor instável e se cansa fácil, fazendo com que algumas vezes tenha rompantes de raiva. Alex não enxerga somente o demônio Ruen, embora seja aquele com quem mais mantém contato. Ele vê os demônios que cercam as outras pessoas e que sussurram para que elas façam coisas ruins. Como aqueles que rodeiam sua mãe e querem que ela se afaste de Alex.
O relacionamento de Alex com Anya é maior que o dele com a própria mãe. Anya fica assustada com a exatidão das coisas que Alex sabe sobre a vida dela. Tratar de Alex lhe traz muitas lembranças boas e dolorosas. O conhecimento tão exato que Alex tem sobre a vida dela a faz questionar o mundo surreal, se ele existe de fato e se Alex realmente enxerga Ruen. Anya faz com que Alex se sinta bem e, de certo modo, protegido.
A capa tem alguns detalhes em verniz localizados e alto-relevo. Em mãos, ela é bem mais interessante. O único pecado é o livro ser em papel branco, o que pode cansar àquelas pessoas que leem em lugares com muita luz.
É um livro que vai te deixar inquieto e te fará questionar a realidade. Pelo menos, a apresentada na história. Quem curte thriller psicológico, vai curtir. Se eu recomendo? Não, eu quero que vocês se joguem na leitura logo!
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A narrativa é em primeira pessoa, intercalando o ponto de vista de Alex e Anya. Isso foi um ponto essencial para criar o clima de dúvida, crença e descrença que permeia a narrativa. Através da racionalidade de Anya, somos levados tentar diagnosticar se o garoto possuiu algum distúrbio e se Ruen é a representação de um amigo imaginário criado pela solidão, pressão e drama que Alex tem de aguentar para seguir em frente. Cada vez que Anya chega perto de alguma conclusão, Alex a leva a questionar além do que os olhos podem ver.
Alex nos desnorteia, nos confunde e faz com que questionemos a realidade das coisas. Durante as conversas com Anya, ele age de forma curiosa. Apesar de muitas vezes responder as perguntas que ela faz, é como se ele estivesse sintonizado em outro mundo, falando com outras pessoas e transmitindo o que escuta. Ele tem um humor instável e se cansa fácil, fazendo com que algumas vezes tenha rompantes de raiva. Alex não enxerga somente o demônio Ruen, embora seja aquele com quem mais mantém contato. Ele vê os demônios que cercam as outras pessoas e que sussurram para que elas façam coisas ruins. Como aqueles que rodeiam sua mãe e querem que ela se afaste de Alex.
Tenho medo de que eles continuem falando com mamãe e ela continue a tomar comprimidos e nunca mais acorde.
Página 117.
O relacionamento de Alex com Anya é maior que o dele com a própria mãe. Anya fica assustada com a exatidão das coisas que Alex sabe sobre a vida dela. Tratar de Alex lhe traz muitas lembranças boas e dolorosas. O conhecimento tão exato que Alex tem sobre a vida dela a faz questionar o mundo surreal, se ele existe de fato e se Alex realmente enxerga Ruen. Anya faz com que Alex se sinta bem e, de certo modo, protegido.
A capa tem alguns detalhes em verniz localizados e alto-relevo. Em mãos, ela é bem mais interessante. O único pecado é o livro ser em papel branco, o que pode cansar àquelas pessoas que leem em lugares com muita luz.
É um livro que vai te deixar inquieto e te fará questionar a realidade. Pelo menos, a apresentada na história. Quem curte thriller psicológico, vai curtir. Se eu recomendo? Não, eu quero que vocês se joguem na leitura logo!
- Nós tentamos ajudá-los a ver além da mentira.
Pisquei.
- Que mentira?
- Vocês todos se acham tão importantes, tão especiais. É uma falácia, Alex. Vocês não são nada."
Página 20.