sexta-feira, 21 de junho de 2013

Resenha | Uma curva na estrada

Uma curva na estrada
Autor: Nicholas Sparks.
Tradução: Fernanda Abreu.
ISBN: 9788580411157.
Páginas: 304.
Editora: Arqueiro.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

A vida do subxerife Miles Ryan parecia ter chegado ao fim no dia em que sua esposa morreu. Missy tinha sido seu primeiro amor, a namorada de escola que se tornara a companheira de todos os momentos, a mulher sensual que se mostrara uma mãe carinhosa. Uma noite Missy saiu para correr e não voltou. Tinha sido atropelada numa rua perto de casa. As investigações da polícia nada revelaram. Para Miles, esse fato é duplamente doloroso: além de enfrentar o sofrimento de perder a esposa, ele se culpa por não ter descoberto o motorista que a atropelou e fugiu sem prestar socorro. Dois anos depois, ele ainda anseia levar o criminoso à justiça. É quando conhece Sarah Andrews. Professora de seu filho, Jonah, ela se mudou de Baltimore para New Bern na expectativa de refazer sua vida após o divórcio. Sarah logo percebe a tristeza nos olhos do aluno e, em seguida, nos do pai dele. Sarah e Miles começam a se aproximar e, em pouco tempo, estão rindo juntos e apaixonados. Mas nenhum dos dois tem ideia de que um segredo os une e os obrigará a tomar uma decisão difícil, que pode mudar suas vidas para sempre. 

Eu confesso que sou fã de Nicholas Sparks. Gosto do jeito que ele constrói os personagens e desenvolve as histórias. Os finais não tão felizes para sempre são um diferencial e a primeira lembrança quando se fala do autor.

Um curva na estrada apresenta a história do subxerife Miles Ryan, que perdeu a esposa há dois anos e tem agora a responsabilidade de cuidar sozinho do filho de 7 anos, Jonah. O culpado pela morte de Missy, sua esposa, nunca foi encontrado. Sarah Andrews é uma professora divorciada e recém-chegada à New Bern, onde seus pais vivem. Durante suas aulas, ela nota a dificuldade de um aluno em especial. Muito negligenciado por antigos professores, ele mal sabe ler e escrever. Esse garoto é Jonah Ryan.

Quando Miles aparece na escola por causa do bilhete mandado por Sarah para conversar sobre a educação de Jonah, os dois passam a se conhecer. E, claro, em poucas semanas, eles se apaixonam.

A narrativa segue principalmente pelo ponto de vista de Miles e Sarah, apresentando algumas vezes os de outros personagens secundários e a do próprio perpetrador do acidente que causou a morte de Missy. Os personagens secundários têm suas histórias apresentadas, mesmo que eles não voltem a aparecer ou ter muita importância mais para a frente.

(...) Pus os meus medos em um lado da balança e no outro pus o que era certo fazer. No final das contas, os medos venceram.
Página 170.

Nicholas cria situações com Sarah e Jonah que fazem qualquer pai inflar de orgulho e achar aquela pessoa a mais incrível do mundo por gostar de seu filho. Apesar de acontecer relativamente rápido em questão de tempo, o relacionamento de Sarah e Miles acontece gradualmente. Miles se sente um pouco inseguro para chegar nela, pois esteve casado durante anos com a namorada do colégio. Algumas das situações são bem engraçadas, como quando Sarah lhe diz que um certo pedido está de pé.

Uma das coisas que eu gostei é que o autor não foi por um caminho que eu estava crente que ele iria sobre um certo fato envolvendo Sarah. Ela tinha um casamento com tudo para dar certo em Baltimore, mas quando descobriu esse fato as paredes começaram a rachar até que não houve mais sustentação na relação. Ela é uma mulher bem comum, com uma personalidade simples e carismática. Ama a família, apesar da mãe ter alguns excessos. E sente muita falta do irmão mais novo, Brian, com quem sempre contava para conversar sobre qualquer coisa. Ele fora para a faculdade e, vez ou outra, aparecia na cidade.

Miles se torna irritante em algumas partes por não querer ver além do que a raiva que sente. Mas a gente tem empatia e releva esses rompantes. O homem amava a mulher desde a época da escola e esperava ficar velho ao lado dela. Então a vida de Missy é interrompida bruscamente, roubando dele a esposa, do filho, a mãe. O culpado não aparece e qualquer pista que surge ele vai querer ir atrás, vai querer arrumar algum culpado. Como pai, ele é quase perfeito. Compreensivo com os problemas do filho, os escuta e incentiva Jonah a ser uma criança melhor. E aprende muita coisa nessa relação, também.

O conflito fica por conta de descobrir quem é o culpado de ter matado Missy naquela curva da estrada. E a resposta é surpreendente. Quem curte as histórias do autor, vai encontrar praticamente todos os elementos comuns aos livros dele. Vai se angustiar com as cenas curtas nos momentos de tensão em que a gente não consegue saber o que vai acontecer até que, enfim, acontece.

Esta é acima de tudo uma história de amor e, como tantas histórias de amor, a de Miles e Sarah começa com uma tragédia. Ao mesmo tempo é também uma história de perdão. Ao terminar de lê-la, espero que você entenda os desafios que Miles e Sarah tiveram de enfrentar. Espero que compreenda as decisões que eles tomaram, tanto as boas quanto as ruins, assim como espero que um dia entenda as minhas.
Página 06.

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