sábado, 12 de maio de 2012

Resenha | Até mais, e obrigado pelos peixes!

Até mais, e obrigado pelos peixes!
Autor: Douglas Adams.
Tradução: Marcia Heloisa Amarante Gonçalves.
Páginas: 203.
ISBN: 9788599296974.
Editora: Sextante/Arqueiro.

Sinopse:
 
Depois de oito anos vagando pelos mais insondáveis cantos da Galáxia, Arthur Dent está de volta à Terra, e tudo parece estranhamente normal.
Em busca de respostas que possam explicar não só como a Terra poderia continuar a existir – já que ela havia sido destruída para dar passagem a uma estrada interplanetária anos antes –, mas também por que tudo estava absolutamente igual ao que era, exceto pelo misterioso desaparecimento dos golfinhos, Arthur começa uma nova jornada.
 
Olá, leitores! Hoje eu vou comentar sobre o quarto livro da série O Guia do Mochileiro das Galáxias. A resenha do primeiro livro vocês podem ler clicando aqui, do segundo aqui e do terceiro aqui.

A Terra está em seu devido lugar, e tudo nela parece como antes das naves Vogons chegarem e a destruirem por causa da via expressa hiperespacial. Exceto pelo curioso sumiço dos golfinhos do planeta. Arthur estranha toda essa normalidade e, ao conhecer uma mulher chamada Fenchurch - o.o' -, eles partem e busca de respostas e vivem sua singular história de amor.

A narrativa do livro está mais morna. Enquanto que nos livros anteriores as passagens aconteciam de forma mais frenética e havia muito mais elementos de ficção científica e espaciais, este livro é quase semelhante a uma história de amor, sendo que muitas páginas são preenchidas com essa proposta. Aparentemente, Douglas "fugiu" da fórmula dos livros anteriores em Até mais, e obrigado pelos peixes!, ou simplesmente quis transmitir uma mensagem diferente. O livro é melhor que A Vida, o Universo e Tudo Mais, no entanto os dois primeiros da série continuam como meus favoritos.
 
A participação de Marvin é pequena, triste e suficiente para o livro não receber uma classificação menor. Apesar de algumas pessoas não gostarem dele, eu o acho genial e é irônico o fato de um robô ter sentimentos. Na verdade, Marvin é o melhor personagem da série e, arrisco a dizer, uma das poucas coisas que me fazia seguir em frente com a leitura era saber que ele apareceria.

Recomendo o livro para quem gosta de uma ironia bem afiada e um pouco de romance misturado com uma dose básica de ficção científica.

“– Amigo – resmungou o robô, tristemente. A palavra morreu em uma espécie de estalo e lacas de ferrugem saíram de sua boca. – Sinto muito, mas preciso de um tempinho para lembrar o que essa palavra significa. Os meus bancos de memória já não são mais os mesmos, sabe, e qualquer palavra que caia em desuso por alguns poucos zilhões de anos tem que ser transferida para um banco de memória auxiliar.”
Págs. 197/198.
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