sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Resenha | Proibida pra mim

Proibida pra mim
Autor: Gustavo Reiz.
Editora: Rocco Jovens Leitores.
Páginas: 350.
ISBN: 9788579801303.
Skoob

Sinopse:

Uma banda de rock, um amor proibido, uma disputa entre os principais colégios da cidade... Repleto de ação e com muito humor, Proibida pra mim é um romance que tem o ritmo contagiante da adolescência. Quinto livro do escritor e roteirista Gustavo Reiz pela Rocco Jovens Leitores, o lançamento traz a escrita descontraída do autor e comprova sua sensibilidade para reproduzir o universo jovem nas páginas com muito bom humor, ao contar a história de Pedro, obrigado a acompanhar os pais num evento social justamente no dia em que seus amigos fariam um show de rock.

Olá, pessoal! A resenha de hoje é do livro nacional Proibida para mim, escrito por Gustavo Reiz. Algumas pessoas talvez já tenham ouvido ou lido o nome dele por aí. Afinal, Gustavo não é somente autor de livros.

(...) Pedro podia ser péssimo em matemática, física e em qualquer outra matéria que dependesse de cálculos e respostas mais exatas. Mas quando o assunto era sentimento, o rapaz era autodidata. Por baixo da roupa rasgada e visual de roqueiro, escondia-se um poeta capaz de transformar tristeza em versos, romances em letras de música.
Página 14.

Proibida pra mim conta a história do adolescente Pedro, de 17 anos, que é compositor na banda dos amigos, a Os Infiltrados. Em uma festa do trabalho do pai, para onde Pedro foi praticamente levado arrastado, ele conhece uma misteriosa e linda garota chamada Lia. Os dois fogem daquela cerimonia chata e acabam parando na festa em que a banda Os Infiltrados está tocando. A noite de Pedro estava sendo uma das melhores da sua vida, até que ele descobre quem é aquela menina e por que ela seria proibida para ele.

O livro tem todos os clichês da adolescência que vocês podem imaginar. A relação de Pedro com o pai é conturbada, a mãe dele acredita que qualquer simples comportamento diferente do filho sugere que ele está usando drogas e, por consequência, a culpa é dos amigos dele. Decepções amorosas também estão presentes, uma vez que Pedro teve uma situação bem desagradável com uma antiga namorada. O autor, porém, fez algo que eu sempre espero de um livro nacional: ambientou a história no nosso país e isso é ótimo, pois gera familiaridade no leitor. Um garoto que mora na cidade do Rio, por exemplo, vai reconhecer alguns dos lugares em que o personagem passa. A minha maior frustração em livros nacionais é o autor falar do problema e situações dos outros e não dos nossos.

A narrativa começou com uma proposta muito boa, apesar de todo o clichê da adolescência. Porém, conforme a história avançava, ela foi se perdendo. Rolou algumas tentativas de fazer graça, como a melosidade toda que Artur, amigo de Pedro, tratava a namorada. Apelidos como pituquinha e outros que sempre que eu vi me causavam certo incômodo. Gustavo usa muitos adjetivos, alguns mesmo com um tom pejorativos, no lugar de substantivos comuns ou mesmo nomes próprios. Ele chama uma personagem de burguesinha, outra de loirinha e, mais uma outra, de moreninha. Além de chamar um outro personagem várias vezes de o empresário de cabelos grisalhos. Isso me deu a sensação de imaturidade no texto, uma vez que esse tipo de coisa ocorre quando o leitor não conhece os personagens ainda. Eu lia trocando as palavras por a garota, o empresário etc. Desculpa, Gustavo, mas tive a sensação de ler um livro escrito por um tiozão.

O livro é narrado em terceira pessoa e passeia pelo ponto de vista de vários personagens. Acredito que se o autor tivesse focado somente em Pedro e suas questões referentes ao amor proibido e um tanto quanto Romeu e Julieta, o livro teria sido muito melhor. As folhas são brancas, a diagramação é simples e não me recordo de erros de revisão. 

Gustavo Reiz é autor de novelas também. Dona Xepa, transmitida pela tevê Record, foi sua novela mais recente. Além de Proibida pra mim, Gustavo possui outros quatro livros publicados pela Rocco. Todos eles para o público juvenil. Lembro de querer ler alguns deles há anos e por terem como foco, em sua maior parte, o público carente de quem os represente: o masculino. A maioria dos personagens principais das histórias hoje em dia são femininas. Eu não sei muito bem o que esperar dos outros livros do autor após essa minha experiência com Proibida.

(...) Fazer uma garota rir é conquistar um ponto positivo importantíssimo na corrida por um beijo na boca.
Página 22.

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