segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Resenha|Sorteio: Cidades de Papel

Cidades de Papel
Autor: John Green.
Tradução: Juliana Romeiro.
Editora: Intrínseca.
Páginas: 368.
ISBN: 9788580573749.
Skoob

Sinopse:

Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

Okay, eu sou muito lerdo e demorei para entender o que são cidades de papel. Para vocês não ficarem muito perdidos igual a mim, aqui vai uma pequena história para vocês entenderem. Não é spoiler, fiquem tranquilos. Imagina que vocês estão de boa viajando por aí e, de repente, se deparam com uma cidade com um nome curioso no mapa e querem visitá-la. Vocês andam para tudo o que é canto e simplesmente não conseguem encontrá-la até que perguntam a alguém onde é que ela fica. Então, descobrem que de fato ela não existe - ela é uma cidade que existe somente no papel. Isso quer dizer que os cartógrafos - pessoas que produzem mapas - criaram uma cidade imaginária para proteger seus mapas de serem copiados por outros.

Bem que a gente podia inventar um jeito de criar resenhas de papel, certo? Mas esse é um outro assunto. Vamos ao livro!

- Hoje, meu bem, vamos acertar um monte de coisas que estão erradas. E vamos estragar algumas que não estão certas. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros serão os últimos; os mansos herdarão a terra. Mas, antes de redefinir completamente o mundo, precisamos fazer compras.
Página 38.

Mais uma vez, somos apresentados a um garoto prodígio. Quentin Jacobsen gosta de Margo Roth Spielgmann, sua vizinha, desde que eram pequenos. Praticamente, sempre que mencionam a garota, seu nome aparece completo. Certa noite, Margo aparece na janela da casa de Q. e o convida para uma jornada no meio da noite afim de realizar 11 tarefas, que envolvem vingança e até mesmo a compra de 3 bagres inteiros. Essa jornada toma praticamente toda a primeira parte do livro e é bem divertida e dinâmica.

Mas o que move a leitura é o que vem depois. Eu gostei bastante do mistério e expectativa criado para descobrir o que houve após aquela madrugada em que Q. e Margo passaram juntos. Sabe aquele sentido de descoberta que uma jornada revela a quem a realiza? É esse sentido que a segunda parte do livro tem. É Q. e seus amigos redescobrindo a misteriosa Margo. Ou mesmo a desconstrução da imagem que Q. tinha dela.

Eu gostei bastante de como a amizade entre Q. e seus dois melhores amigos foi mostrada. Os garotos não medem palavra se precisam dar um choque de realidade ao menino prodígio. Eles falam aquilo que ele precisa ouvir e não o que gostaria. E sempre estão dispostos e prontos para ajudar um ao outro quando precisam. E, afinal, amizade de verdade deve ser baseada nisso, certo? Confiança de que os amigos vão nos brecar quando acelerarmos e que sempre nos darão a mão quando estivermos caindo. Não que Q. esteja caindo em algum lugar.

Algumas pessoas que leram Cidades de papel chegaram a compará-lo com outro livro do autor, Quem é você, Alasca?. E isso fez com que elas se frustrassem um pouco, chegando a afirmar que são os mesmos personagens com nomes diferentes. Como eu não li esse outro livro, Cidades de papel foi uma leitura agradável e bem divertida. Eu não sou muito de rir enquanto leio, apesar de ver graça. E o João Verde conseguiu arrancar alguns risos da minha boca.

E então fica o recado: se vocês leram Alasca, talvez não vão curtir tanto. Se vocês não leram nada do autor, é uma ótima pedida para começar.

Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um.
Página 16.

Sorteio de um exemplar!
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