terça-feira, 4 de setembro de 2012

Resenha | O começo do adeus

O começo do adeus
Autora: Anne Tyler.
Tradução: Ana Paula Corradini.
Páginas: 208.
ISBN: 9788581630397.
Editora: Novo Conceito.
Capítulo do Livro

Sinopse:

Anne Tyler nos leva a um romance sábio, assustador e profundamente tocante em que descreve um homem de meia-idade, desolado pela morte de sua esposa, que tem melhorado gradualmente pelas aparições frequentes da mulher - na casa deles, na estrada, no mercado. Com deficiência no braço e na perna direita, Aaron passou sua infância tentando se livrar de sua irmã, que queria mandar nele. Então, quando conhece Dorothy, uma jovem tímida e recatada, ele vê uma luz no fim do túnel. Eles se casam e têm uma vida relativamente modesta e feliz. Mas quando Dorothy morre, Aaron começa a se sentir vazio. Apenas as aparições inesperadas de Dorothy o ajudam a sobreviver e encontrar certa paz. Aos poucos, durante seu trabalho na editora da família, ele descobre obras que presumem ser guias para iniciantes durante os caminhos da vida e que, talvez para esses iniciantes, há uma maneira de dizer adeus.

Olá, gente. Hoje eu vou comentar sobre um livro cuja capa me chamou a atenção e me deixou com vontade de ler antes mesmo de ver a sinopse. Ainda bem, já que a sinopse entrega muita coisa da história. 

Sabe quando a capa dá uma ideia e a história é completamente diferente do que parece? Apesar de bonita, a capa não tem nada a ver com a história. Eu esperava uma história com jovens passando por alguma transição mais complicada na vida. Mas O começo do adeus conta a história de um homem de meia-idade, que trabalha numa editora, e que perdeu a esposa de um modo até bizarro. Enquanto passa pelo luto, Aaron acredita ver a esposa e até que é capaz de conversar com ela. Ele fica se perguntando se isso não é aquela ideia de que as pessoas fazem de fantasmas. Sabem, pessoas que morrem mas deixam algo inacabado na Terra e voltam para terminá-lo.

"- Você se vira. É, acho que sim. E eu não diria um "a" se você tivesse nascido assim. Mas não nasceu. Você não é do jeito como veio ao mundo. Você não é quem deveria ser."
Pág. 17.

A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Aaron. Basicamente, conta como Aaron e Dorothy, que recebeu esse nome em homenagem a Dorothy de O Mágico de Oz, se conheceram, se casaram e tiveram algumas briguinhas. Confesso que eu curti o romance e o relacionamento deles, foge muito do padrão que os autores normalmente mostram. Aaron mesmo tem deficiência no braço e na perna direitas e Dorothy é um médica gordinha. O livro tem uma considerável melhora mais para o final.

A leitura é boa, embora a história não acrescente muitas coisas. A princípio, pode dar a impressão de ser um livro depressivo. Mas é um livro de leitura muito fácil e até divertida; eu me pegava sorrindo das brigas e do comportamento de Aaron com Dorothy. Recomendado para uma leitura "entre leituras".


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