quinta-feira, 22 de março de 2012

Resenha | O melhor de mim

O melhor de mim
Autor: Nicholas Sparks.
Tradução: Fabiano Morais.
Páginas: 272.
ISBN: 9788580410495.
Editora: Arqueiro.

Sinopse:

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. 
Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável.
Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois.
Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre.

Hoje eu vou comentar sobre o primeiro livro do autor Nicholas Sparks publicado no Brasil pela editora Arqueiro. Esse livro é uma cortesia da editora em parceria com o blog. Vamos ver o que eu pensei sobre ele?

O melhor de mim conta a história de como Dawson Cole e Amanda Collier se conheceram, se apaixonaram e acabaram se separando naquele que foi o ano que mudou para sempre suas vidas. E não foi uma simples separação. Após vinte e cinco anos, eles voltam a se ver quando um antigo amigo em comum falece.

Aproximar-se de alguém significaria permitir que essa pessoa descobrisse seu passado. Só de pensar nisso já o fazia tremer.
Pág. 42.

Dawson tem um grande receio de voltar a Oriental. Apesar de ter vivido uma história de amor muito intensa naquela cidade, seus maiores inimigos continuam lá sedentos por vingança. Oriental também lhe traz lembranças sobre uma coisa terrível que aconteceu em seu passado. Amanda, por sua vez, ainda visitou a cidade mesmo após se graduar e formar uma família, com três filhos e um marido alcólatra. Mas o local ainda lhe traz fortes lembranças de Dawson e daquele amor que viveram.

Tuck Hostetler, embora pouco apareça na história, é um personagem que me chamou a atenção por, apesar de ser considerado por muitos um louco na velhice, aparentar uma sabedoria e compreensão das coisas que só alguém que viveu e amou o suficiente poderia ter. Ele deixa três cartas aos cuidados de Dawson e Amanda. Uma, eles devem ler juntos num lugar especial. E as outras duas são endereçadas para cada um em particular e eles só deveriam abrir o envelope quando sentissem que era o momento certo.

Quando o verão acabou, ele já sabia que estava apaixonado e, quando o ar ficou fresco e as folhas começaram a cobrir o chão de vermelho e amarelo, não tinha dúvidas de que queria passar o resto da vida com Amanda, por mais louco que parecesse.
Pág. 19.

Esse é o primeiro livro do Nicholas que eu me identifiquei bastante com o personagem principal. Assim como Dawson, creio que se eu amasse verdadeiramente uma pessoa, eu pensaria somente nela durante toda a minha vida. Qualquer outro relacionamento que eu tivesse após viver algo tão intenso e verdadeiro não me pareceria tão real. Seria mais um relacionamento na base da tolerância e o amor não seria genuíno, mas surgiria mais cedo ou mais tarde vindo de outras coisas. E assim como Dawson, eu também entenderia se a pessoa seguisse com a vida dela. Não há razões para uma pessoa impor seus pensamentos sobre a vida da outra. E ninguém deve ser responsabilizado pela vida solitária de quem decidiu levá-la assim.

Dawson, assim como Tuck, era dessas raras pessoas que só conseguem amar uma vez – e a única coisa que a separação podia fazer com esse sentimento era torná-lo mais forte. Dois dias atrás, pensar nisso teria sido desconcertante, mas agora ela entendia que, para Dawson, essa tinha sido a única escolha. Afinal de contas, o amor sempre diz mais sobre quem o sente do que sobre a pessoa amada.
Pág. 144/145.

A narrativa do livro é feita em terceira pessoa, mostrando na maior parte do tempo a história pelo ponto de vista de Dawson e Amanda. No entanto, chega um momento que temos a visão de alguns outros personagens moradores de Oriental. Pessoas que tiveram sua vida modificada, para o bem ou para o mal, pelas ações de Dawson no passado. Mesmo quando esses pontos de vista se juntam, é facilmente perceptível a mudança sobre a visão da história. Isso conta muito para mim, que não gosto muito de narrativas assim.

A diagramação do livro segue o padrão da editora Arqueiro, bem simples e fácil de ler. O mais bacana é que os bookaholics fãs do Nicholas vão poder juntar O melhor de mim com os outros livros do autor publicados pela editora Novo Conceito, pois os tamanhos são iguais.

Nicholas Sparks continua a ser um autor de romances previsíveis. Porém, é aquele tipo de história que, apesar de sabermos o que vai acontecer, de quase termos completa certeza, ainda esperamos que o final seja diferente, surpreendente. E em O melhor de mim o final é bem emocionante, é quando o melhor das pessoas realmente aparece e fazem uma diferença absurda na vida de outra. Muitas vezes, de gente que nem se conhece.

Estava sozinho, mas por uma escolha consciente e da qual, mesmo àquela altura, não se arrependia. Sobretudo àquela altura. Porque ninguém poderia ter substituído Amanda, ninguém jamais substituiria.
Pág. 166.

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