Autora: Sarah Ockler.
Tradução: Edson Rochedo.
Editora: Novo Conceito.
Páginas: 288.
ISBN: 9788581633657.
Classificação: 5/5.
Capítulo do Livro
Skoob
Sinopse:
Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que você aprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá). As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.
Eu estava ao mesmo tempo ansioso e receoso com a leitura deste livro. Ele foi muito aguardado pela blogosfera e quando a Novo Conceito resolveu lançá-lo, fiquei preocupado de ele não ser tudo o que as pessoas falavam.
(...) Em dez segundos toda a minha vida girava em torno daquele beijo, daquele desejo, daquele segredo que para sempre dividiria minha vida em duas partes.
Página 11.
Anna descobriu muito cedo que estava apaixonada pelo seu melhor amigo-menino Matt. Por algum acaso, ele é o irmão de sua melhor amiga, Frankie, e os três sempre andaram juntos. No aniversário de 15 anos de Anna, ela deseja receber pelo menos um beijo de Matt e ganha mais do que isso, inclusive um pedaço de bolo na cara. Durante algumas semanas, os dois mantiveram o relacionamento em segredo, mas com a promessa de logo contar tudo para Frankie. Afinal, não havia muitos segredos entre eles. Porém... Bem, se vocês chegaram até aqui sem ler a sinopse, vou deixar vocês descobrirem o "porém" lendo. Acreditem em mim: é bem mais interessante assim.
O título do livro remete a um objetivo de Anna e Frankie quando elas viajam com a família de Frankie para a Califórnia de férias. Elas tinham que finalizar a temporada conhecendo pelo menos vinte garotos. Mas o livro não se sustenta somente com essa premissa, porque a viagem também é para elas se redescobrirem e aceitar que o destino muitas vezes escreve de forma torta.
A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Anna. Sarah conseguiu fazer com que a leitura fluísse muito bem. A gente encontra uma narrativa carregada de emoção nostálgica e um sentimento de culpa por não saber se é certo seguir em frente quando tantas coisas ficaram por dizer após viver um grande amor tão desejado.
Sabem aqueles livros que são cinco estrelas, mas não são favoritos? Esse entrou nessa categoria na minha opinião por deixar algumas pontas soltas. Eu adorei o começo impactante, a capa é bonita e tem tudo a ver com a história e a diagramação é bonita. Eu o li no momento certo e curti bastante. Só que Sarah deixou algumas perguntas no ar, fica aquela sensação de que não ficou claro se foi a intenção dela deixar para a imaginação do leitor ou se foi uma falha mesmo. Eu fiquei esperando muito por um confronto que não ocorreu, mas jurava que fosse acontecer.
Enfim, eu fiquei preocupado à toa. É uma história muito bonita e que vale muito a pena conhecer.
(...) Às vezes você vai a um lugar onde tudo é diferente e tudo o que você conhece muda, e ninguém o vê do mesmo jeito.
Página 154
