Fique onde está e então corra
Autor: John Boyne.
Tradução: Henrique B. Szolnoky.
Editora: Seguinte.
Páginas: 224.
ISBN: 9788565765404.
Classificação: 5/5+.
Capítulo do Livro
Skoob
Sinopse:
Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados - enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar.
Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.
Eu já disse várias vezes aqui que sou fã de John Boyne; tenho ele como amigo no Facebook, gente! Sempre que algum livro dele é anunciado, eu já fico ansioso para o lançamento. Em 2014, tivemos três livros do autor publicado. Tormento e O ladrão do tempo chegaram no começo do ano e Fique onde está e então corra venho em junho. Ou seja, tem como não amar quando o livro do seu autor favorito é lançado no mês do seu aniversário? Tá, brincadeira. Vamos ao que interessa.
O aniversário de Alfie Summerfield foi marcado pelo começo da 1ª Guerra Mundial. Seu pai e outros adultos acabam largando seus empregos normais para se alistar voluntariamente pelo país, enquanto as mulheres das famílias sentem que está tudo perdido. Agora, quatro anos depois, Alfie toma para o si papel de homem de casa e passa horas e horas na plataforma de trem da estação King's Cross engraxando sapatos para conseguir alguns centavos para ajudar em casa, enquanto espera descobrir a verdade sobre o paradeiro do pai.
- Pela melhor razão do mundo - ele explicou. - Por amor.
Página 30.
O aniversário de Alfie Summerfield foi marcado pelo começo da 1ª Guerra Mundial. Seu pai e outros adultos acabam largando seus empregos normais para se alistar voluntariamente pelo país, enquanto as mulheres das famílias sentem que está tudo perdido. Agora, quatro anos depois, Alfie toma para o si papel de homem de casa e passa horas e horas na plataforma de trem da estação King's Cross engraxando sapatos para conseguir alguns centavos para ajudar em casa, enquanto espera descobrir a verdade sobre o paradeiro do pai.
Eu adoro como John Boyne consegue criar personagens fictícios e mesclar suas histórias com personalidades reais para mostrar uma passagem importante da história mundial. É na estação de King's Cross que acompanhamos as chegadas e partidas de algumas dessas personalidades que, apesar do terror crescente da guerra, ainda têm tempo para manter os sapatos lustrados.
É um livro juvenil com uma sensibilidade enorme para tratar de uma doença que surgiu por causa das guerras. Os momentos em que acompanhamos Alfie descobrindo que a mente de um soldado pode ser ferida tanto quanto seu corpo são, sem outra palavras para descrever, tristes e aflitivos. Falando assim, parece que o livro traz uma carga muito pesada para o público-alvo - infantojuvenil. Mas não, esses fatos são mostrados de forma simples e sutil, talvez não com a mesma inocência de O menino do pijama listrado.
John Boyne mostra novamente sua capacidade de escrever para o público jovem e adulto. Recomendado!
John Boyne mostra novamente sua capacidade de escrever para o público jovem e adulto. Recomendado!
(...) Esse era o problema da guerra, percebeu. Deixava tudo tão confuso!
Página 46.