terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Resenha | Cartas de amor aos mortos

Cartas de amor aos mortos
Autora:Ava Dellaira.
Tradução: Alyne Azuma.
Editora: Seguinte.
Páginas: 344.
ISBN: 9788565765411.
Classificação: 4/5.
Capítulo do Livro
Skoob
Comprem o livro: Submarino | Saraiva.

Sinopse:

Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Então eu tenho que falar sobre Cartas de amor aos mortos e não quero repetir as mesmas palavras que usei para descrever Por lugares incríveis. Não que os livros sejam as mesmas coisas, mas o sentimento que eles trazem é bem semelhante.
 
Laurel recebe como tarefa escrever uma carta para alguém que já morreu. Mas no lugar de escrever para um presidente, por exemplo, ela resolve escrever para alguns ídolos seus e de sua irmã, que morreu há pouco tempo, como Amy Winehouse, Kurt Cobain e Janis Joplin. Mas no lugar de concluir a tarefa e entregá-la à professora, Laurel continua escrevendo e nos mostra seus sentimentos controversos sobre as pessoas e situações por que ela passa.
 
Por se tratarem de cartas, o livro nos aproxima bastante de Laurel e, por isso, nos mostra uma garota insegura que quer encontrar sua identidade. Para isso, ela acaba aceitando algumas situações que lhes são impostas e não toma uma atitude mais ativa em relação a elas. Provavelmente, esse é um dos pontos mais negativos do livro na minha opinião. Porém, é compreensível que ela aja assim por ter uma família dividida - seus pais moram separados e Laurel vive semana na casa da tia e outra na casa do pai. A relação de Laurel com a tia oferece alguns dos melhores momentos da história.
 
Outros melhores momentos são quando o humor de Laurel muda nas cartas. A princípio, ela escreve para entender o porquê dos seus ícones terem partido para assim tentar entender o porquê da irmã também ter ido, de não ser aquela figura fantástica que ela tanto idealizava. Depois, ela fica revoltada e os chama de covardes pelo que fizeram a si mesmos e aos que ficaram.
 
Eu nunca fui de escrever sobre meus sentimentos em um diário ou mesmo num blog só para isso. Essa ideia de livro epistolar já apareceu anteriormente em outro livro - As vantagens de ser invisível. E o que é maneiro nesses livros é que eles possuem muitas frases de efeito que ou nos tocam independente do momento em que vivemos ou servem exatamente para o momento atual. É neste sentido que as cartas aos mortos de Laurel funcionam.
 
Alguns momentos da história me deixaram um pouco aflito, como quando Laurel nos conta aquele crucial sobre sua irmã. A reação de alguns personagens à forma de se relacionar com Laurel me fez questionar um pouco sobre a personalidade da garota. Afinal, vemos o ponto de vista dela sobre tudo.

A minha expectativa em relação ao livro estava calma devido a alguns comentários superficiais que li a seu respeito. Eles não é influenciaram na leitura e eu curti bastante o que li.
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