A Guerra dos Tronos
Ler A Guerra dos Tronos foi como tirar férias das minhas leituras de parceria. Quando você começa a ler, você não sabe muito bem aonde vai chegar. É como uma viagem para algum lugar desconhecido em que torcemos para que tudo corra bem para aquela semana ter valido a pena.
Autor: George R. R. Martin.
Tradução: Jorge Candeias.
Páginas: 592.
ISBN: 9788562936524.
Editora: Leya.
Sinopse:
Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do
velho amigo, o rei Robert Baratheon, está longe de adivinhar que a sua
vida, e a da sua família, está prestes a entrar numa espiral de
tragédia, conspiração e morte. Durante a estadia, o rei convida Eddard a
mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei.
Este aceita, mas apenas porque desconfia que o anterior detentor desse
título foi envenenado pela própria rainha - uma cruel manipuladora do
clã Lannister. Assim, perto do rei, Eddard tem esperança de o proteger
da rainha. Mas ter os Lannister como inimigos é fatal - a ambição dessa
família não tem limites e o rei corre um perigo muito maior do que
Eddard temia. Sozinho na corte, Eddard também se apercebe que a sua vida
nada vale. E até a sua família, longe no norte, pode estar em perigo.
Ler A Guerra dos Tronos foi como tirar férias das minhas leituras de parceria. Quando você começa a ler, você não sabe muito bem aonde vai chegar. É como uma viagem para algum lugar desconhecido em que torcemos para que tudo corra bem para aquela semana ter valido a pena.
Então, partimos para a Muralha, no norte, e acompanhamos um estranho acontecimento durante uma patrulha. Depois, somos levados a Winterfell e conhecemos os Stark, uma grande família que tem o lobo como símbolo de sua casa. Eddard Stark, também conhecido como Ned, é o senhor de Winterfell. Casado com Catelyn, outrora uma Tully, Ned possui Robb, Bran, Sansa, Arya, Rickon e Jon como filhos, sendo o último um bastardo. Jon, por ser um bastardo, recebe o nome que todo bastardo do norte tem - Snow.
A leitura é bastante densa e faz com que nos sintamos realmente dentro da história. A quantidade de personagens apresentados é enorme, mas logo nos acostumamos com eles. Por conta do tamanho da fonte, a leitura pode se tornar cansativa. Às vezes, tinha a impressão de ter avançado na leitura mas quando ia ver não tinha passado nem cinco páginas. Dá a sensação que cada página do livro equivale a duas de um livro 14x21 com fonte normal.
Cada capítulo é contado pelo ponto de vista de um personagem em terceira pessoa. Esse foi um dos poucos livros em que a narrativa assim me convenceu, uma vez que seria muito difícil de contar tudo se houvesse apenas a visão de um personagem. Eddard "Ned" Stark está ao lado do rei e, portanto, temos através dele os acontecimentos na corte do novo rei e uma suspeita enorme de que algo não está muito certo. Catelyn mostra um espírito mais materno, mais família, ao sair de Winterfell em busca de justiça para algo que descobriu após uma certa defenestração.
Então, Jon Snow nos mostra os costumes e temores dos Irmãos Negros na Muralha. Com Bran, vemos o que acontece em Winterfell após a partida do pai para a Fortaleza Vermelha onde ele vai servir ao rei Robert Baratheon, como Mão do Rei. Arya é a que tem alguns dos melhores momentos, na minha opinião. Ela não quer ser uma dama como a irmã, Sansa. Ela quer ser uma guerreira e vemos uma garota aventureira e determinada. Sansa mostra um lado mais romântico da história, mas aos poucos vai percebendo que o mundo é mais do que as história que a ama contava. Daenerys Targaryen, a herdeira do trono dos Sete Reinos, nos mostra o que acontece do outro lado do Mar Estreito, onde o povo conhecido como dothrakis vive. Não gostei muito dos capítulos com ela e achei seu clímax um tanto "hã, como assim?".
Então, Jon Snow nos mostra os costumes e temores dos Irmãos Negros na Muralha. Com Bran, vemos o que acontece em Winterfell após a partida do pai para a Fortaleza Vermelha onde ele vai servir ao rei Robert Baratheon, como Mão do Rei. Arya é a que tem alguns dos melhores momentos, na minha opinião. Ela não quer ser uma dama como a irmã, Sansa. Ela quer ser uma guerreira e vemos uma garota aventureira e determinada. Sansa mostra um lado mais romântico da história, mas aos poucos vai percebendo que o mundo é mais do que as história que a ama contava. Daenerys Targaryen, a herdeira do trono dos Sete Reinos, nos mostra o que acontece do outro lado do Mar Estreito, onde o povo conhecido como dothrakis vive. Não gostei muito dos capítulos com ela e achei seu clímax um tanto "hã, como assim?".
Três personagens me chamaram a atenção. Jon Snow por ser um bastardo e, portanto, se sentir excluído de tudo e rejeitado. Ele quer se provar e faz isso indo servir na Muralha sem esquecer nunca suas raízes. Tyrion Lannister, o Duende, segue um pouco pelo caminho de Jon, mas ele é bem mais escarrado que o garoto. Suas tiradas são sempre as mais divertidas e ele consegue escapar de certas situações usando astúcia. E, claro, Arya por não querer ser uma dama e sim uma mulher forte e guerreira.
Eu assisti a primeira temporada da série de tevê e ela é bem fiel ao livro. Algumas cenas acrescentadas, normalmente passagens dos livros somente contadas e na série mostradas por outros personagens, enriqueceram a história.. No entanto, o livro é muito mais completo e profundo. Através do livro, conhecemos mais sobre as casas e sobre a história da Muralha, só para citar alguns.
Eu já tenho o segundo livro, que é um pouco maior que esse. Mas simplesmente não sei quando começarei a lê-lo. O que mais me assusta é saber que o terceiro é maior ainda. O autor me surpreendeu ao não poupar alguns personagens de certos sofrimentos e fazer uma narrativa, enquanto texto escrito, não cansativa como a de Tolkien. Ele não se prende aos detalhes.
Se você ainda está em dúvidas sobre ler, eu recomendo que leia para ter suas próprias conclusões. Eu fiz isso e não me arrependi, pois gostei bastante.
"(...) Possuo um entendimento realista das minhas forças e fraquezas. A mente é a minha arma. Meu irmão tem a sua espada, o Rei Robert, o seu martelo de guerra, e eu tenho a mente... e uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar para se manter afiada."
Tyrion, pág.92.