segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Resenha | Cidade das Cinzas

Cidade das Cinzas - Os Instrumentos Mortais
Autora: Cassandra Clare.
Tradução: Rita Sussekind.
Páginas: 404.
ISBN: 9788501087157.
Editora: Galera Record.
Capítulo do livro

Sinopse:

Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.

Olá, leitores! Hoje vou falar de um livro que comecei a ler cheio de expectativas. Quem leu minha resenha de Cidade dos Ossos, primeiro livro da série Instrumentos Mortais, sabe o quanto eu o elogiei, que após a série Harry Potter nenhum outro livro tinha prendido minha atenção tanto quanto ele. Mas na continuação não foi bem assim.

Cidade das Cinzas sofreu comigo aquilo que as pessoas chamam de "a maldição do segundo livro", quando a continuação não consegue ser tão boa quanto o primeiro. Não que o livro não seja bom. O começo pretende chamar nossa atenção como todo livro deve fazer, mas não me empolgou tanto. Mas mesmo assim, continuei lendo pois a Cassandra consegue fazer com que a gente sinta ou espere que uma reviravolta aconteça na história. 

Uma coisa que não me agradou no livro foi que eu reconheci vários, mas vários elementos de Harry Potter espirituosamente modificados para a série Instrumentos Mortais. Só para citar alguns: o Hunter's Moon me lembrou o Caldeirão Furado, o Cálice Maldito lembrou o Cálice de Fogo, a própria espada que tem uma importância enorme nesta história me lembrou a Espada de Gryffindor. O demônio Agramon me lembrou o Bicho-papão de Rowling, a marca Destemor a poção Félix Felicis. O.k., elementos mágicos são comuns demais às histórias fantásticas. Mas há uma personagem nova chamada Imogen Herondale que muito descaradamente remeteu à Dolores Umbridge (Harry Potter e a Ordem da Fênix). O pior de tudo é que além da personalidade muito, muito semelhante, a função delas é a mesma: são inquisidoras.

Alguém me contou que a Cassandra pegou as fics que ela escrevia de Harry Potter e adaptou-as para essas histórias. O.k., nada contra ela fazer isso. Mas não precisava deixar tão evidente de onde pegou suas ideias. Muitos outros personagens me remeteram aos potterianos. Há muito mais coisas semelhantes, mas vou parar por aqui para vocês não acharem que é papo de fã de Harry Potter implicando com uma nova série. Lembrem-se que eu gostei muito do primeiro livro.

O livro melhorou para mim somente numa parte do meio e depois abrandou de novo. Sendo justo, há várias coisas para empolgar, fazer querer seguir em frente com muito afinco na leitura, mas elas não funcionaram para mim como foi no primeiro livro. Cidade das Cinzas acabou não correspondendo as minhas expectativas e espero que Cidade de Vidro seja um livro muito melhor.
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