Autora: R. J. Palacio.
Tradução: Rachel Agavino.
ISBN: 9788580573015.
Páginas: 320.
Editora: Intrínseca.
Capítulo do Livro
Skoob
Sinopse:
August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é
uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e
complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de
verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo,
mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o
quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão
nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência
incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Eu sabia que ia me encantar com esse livro antes mesmo de começar a lê-lo. A gente que lê muitos livros, sempre quer encontrar um de onde podemos absorver muitas mensagens e coisas boas para a vida. E Extraordinário tem esse poder.
Se eu encontrasse uma lâmpada mágica e pudesse fazer um desejo, pediria para ter um rosto comum, em que ninguém nunca prestasse atenção. Pediria para poder andar na rua sem que as pessoas me vissem e depois fingissem olhar para o outro lado. Sabe o que eu acho? A única razão de eu não ser tão comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma.
Página 11.
August Pullman é um garoto de 10 anos que está para começar o quinto ano. Acontece que ele nunca estudou numa escola regular, sendo até então educado em casa pela mãe, uma ilustradora de livros infantis. Auggie é tão comum e tão incomum quanto se pode esperar de um garoto da sua idade. Ele gosta de video games, livros e Star Wars. Mas ele possui uma deformidade facial que já lhe fez passar por 27 cirurgias. Primeiro dia de aula nunca é fácil, e Auggie terá um desafio enorme pela frente.
A narrativa de R. J. Palacio é de uma leveza ímpar. Ela pega um martelinho e vai quebrando, aos poucos, aquele muro que cerca nossas emoções. Sou uma pessoa durona para chorar, e não chorei com o livro, mas senti que a autora removeu muitos tijolinhos do meu muro em vários momentos. Até quando eu deveria rir, R. J. Palacio conseguiu me emocionar.
Ela passeia pelo ponto de vista de vários personagens nos deixando conhecer de forma abrangente todo o universo ao redor de Auggie e os sentimentos das pessoas que se relacionam com o garoto. Temos Via, a irmã mais velha dele, que está acostumada a deixar suas vontades de lado em prol dos cuidados dispensados ao irmão. Ela sente falta de uma atenção maior dos pais; ao mesmo tempo em que ela reclama disso, ela simplesmente entende que Auggie precisa de mais cuidado. Summer é uma garota que se aproxima quando os outros preferem ficar pelos cantos falando da aparência do garoto. Ela descobre que, apesar de Auggie ter uma autopiedade enorme, ele é bem divertido.
Jack é um dos garotos que o diretor Buzanfa - sim, o nome do diretor é esse -, escolhe para acompanhar Auggie nos primeiros dias de aula. A amizade entre eles cresce e cresce até que vem aquele momento e a gente torce para que ele não faça aquilo. Mas Jack é apenas um garoto que ainda está aprendendo muitas coisas e age de modo inocente. Julian, por sua vez, tem um lado mais cruel e sua mãe faz uma coisa tão absurda que senti vontade de entrar no livro e lhe apertar os parafusos. Uma pessoa que faz o que ela fez certamente não é nada normal.
Eu gostaria que todos os dias fossem Halloween. Poderíamos ficar mascarados o tempo todo. Então andaríamos por aí e conheceríamos as pessoas antes de saber como elas são sem máscara.
Página 80.
Extraordinário é um livro que fala sobre gentileza. Acredito que o que faz desse livro especial não é uma criança com disostose bucomaxilofacial, apesar dele girar em torno do garoto com essa deformidade. As mensagens que R. J. Palacio transmite são tão necessárias que transcendem a má sorte do Auggie na loteria da vida. Acredito que a intenção da autora não é só nos fazer enxergar que nossos problemas, a maioria deles, são pequenos e, sim, que não somos os únicos com dificuldades que nos limitam.
Acredito que a grande mensagem desse livro é aquela do discurso final: seja mais gentil que o necessário. Há gentileza quando Summer se senta na mesma mesa que Auggie no horário de almoço. Há gentileza quando Auggie conversa com a mãe após voltarem da visita à escola e a mãe fica chocada com algumas coisas que ele lhe conta. Gentileza é algo tão belo, mas que, infelizmente, falta muito nos dias de hoje.
É um livro simples, mas poderoso. Favorito e muito recomendado!
(...) Acho que deveria haver uma regra que determinasse que todas as pessoas do mundo tinham que ser aplaudidas de pé pelo menos uma vez na vida.
Página 237.
Como eu quero que TODO mundo leia este livro e aprenda a ser mais gentil que o necessário, a editora Intrínseca gentilmente - olha aí - cedeu um exemplar para sorteio. Tá esperando o que para ler os "Terms and Conditions" para participar do sorteio? Boa sorte!
