Autora: Veronica Roth.
Tradução: Lucas Peterson.
ISBN: 9788579801310.
Páginas: 502.
Editora: Rocco.
Skoob
Sinopse:
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções –
Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a
nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o
teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa
grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir
para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma
divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Eu comecei a leitura de Divergente já sabendo bastante coisa sobre a história e, portanto, fiquei esperando o que eu já sabia acontecer. Portanto, eu prefiro não me aprofundar para não estragar as surpresas ou diminuir a empolgação de vocês.
É o primeiro livro de uma trilogia. É onde o novo mundo é mostrado e escolhas importantes são feitas.
Poucas pessoas nascidas na Abnegação escolhem deixá-la. Quando algo assim ocorre, não esquecemos.Página 40.
A narrativa é em primeira pessoa do presente, como em Jogos Vorazes - beijos, Katniss. E quem nos inteira sobre o mundo criado por Veronica é Beatrice Prior, uma garota de 16 anos, deixando umas poucas perguntas que, creio eu, serão respondidas em Insurgente e Allegiant, sem título ainda em português.
Há muito tempo, a cidade de Chicago foi dividida em cinco facções: Abnegação, Audácia, Erudição, Amizade e Franqueza. Cada uma delas tem sua própria crença que influencia no modo de viver e vestir de seus aliados. As facções são formadas quando os jovens, aos 16 anos, são submetidos a um teste de aptidão que indicará para qual grupo a pessoa tem maior inclinação. É na Cerimonia de Escolha, no dia seguinte, que eles tomam a decisão que pode mudar sua vida. Se escolherem uma facção diferente daquela de origem, eles devem esquecer seu passado e mesmo deixar sua família para trás.
(...) Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade.(...) Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição.(...) Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza.(...) Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação.(...) E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.Páginas 48 e 49.
Acontece raramente de algum teste de aptidão ser inconclusivo, demonstrar que a pessoa tem tendência a mais de uma facção. Neste caso, a pessoa se torna Divergente. E ser um Divergente não é uma coisa bem vista.
Eu tinha uma ideia diferente sobre a Abnegação, facção de Beatrice. Imaginava que eles fossem os coitadinhos da história. Eles só podem se olhar no espelho uma vez a cada três meses, não comemoram aniversário e suas vestes são cinzas. Mas eles comandam o governo e, por sua crença no altruísmo, possuem um certo conflito de ideias com a Erudição. Para os eruditos, cuidar dos sem-facções é um desperdício de recursos e, portanto, eles tentam desacreditar os valores dos líderes políticos dos abnegados. O pai de Beatrice é um deles, assim como Marcus cujo filho escolheu uma outra facção e a Erudição faz crer que motivado pela crueldade e violência do pai.
Um dos pontos negativos é que toda a preparação dos iniciandos nas facções é extensa, demorada mesmo e repetitiva, dando uma sensação de que algo bem empolgante vai começar e não começa logo. Sabe em Jogos Vorazes toda aquela preparação e eles são jogados na Arena depois? É por aí. Mas o grande acontecimento em Divergente, porém, ocorre nos últimos capítulos.
Não citei Jogos Vorazes para comparar distopias, mas acredito que Divergente tem um estilo que vai agradar bastante quem leu os livros de Suzanne Collins.
(...) Eu nunca havia entendido por que as pessoas andavam de mãos dadas, mas quando ele acaricia a palma da minha mão com a ponta do dedo, eu estremeço e entendo imediatamente.Página 347.