Autor: John Green.
Tradução: Renata Pettengill.
ISBN: 9788580573152.
Páginas: 304.
Editora: Intrínseca.
Capítulo do Livro
Skoob
Sinopse:
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua
ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine -
Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã,
com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o
ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora,
descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema
Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível
antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de
qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de
injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin
Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é
claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o
que ele espera.
O Teorema de Katherine conta a história de Colin Singleton, um cara que fora dispensado pela 19ª Katherine com quem namorou assim que se formou no ensino médio. Deprimido, ele pega o Rabecão de Satã e parte numa curta road trip com seu melhor amigo, Hassan Harbish, que os leva até a cidade caipira de Gutshot. É lá que ele tem um momento eureca e começa a elaborar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, um sistema engenhoso que usa matemática para "prever" a duração de relacionamentos amorosos.
Quem leu A culpa é das estrelas vai reconhecer a inteligência e sacadas de John Green na narrativa, mas talvez não seja arrebatado do mesmo jeito que foi pela história de Gus e Hazel. Vejam bem, eu gostei desse livro e me identifiquei com vários aspectos de Colin. E, por favor, não se assustem. Mas as características de Colin são desprezíveis, porém são o que o fazem ser aquele tipo de nerd tão, mas tão academicamente inteligente que ele não consegue percebê-las, dando uma sensação de que ele é inocente. Uma das coisas que Colin mais gosta, depois de meninas com o nome Katherine, é criar anagramas.
(...) Eu acho você maneiro e quero que você me ache maneira, e é a isso que se resume ser popular.
Página 93.
Hassan ganhou minha empatia imediatamente por ser aquele tipo de pessoa que está sempre pronta para largar tudo e ajudar um amigo. Sabe quando você meio que se sabota em nome dos outros? É ele quem dá a ideia de saírem de carro por aí para distrair o amigo do último pé na bunda. Hassan vem de uma família rica, não pensa muito no futuro, é engraçado e é um baita de um preguiçoso. Lindsey mora em Gutshot e é responsável por apresentar a cidade para os garotos. Sua mãe é dona de uma fábrica, responsável por empregar vários moradores da região. É uma garota bem comum que não deseja nada mais do que a cidade pode oferecer, e isso quer dizer que é muito pouco o que ela pode ter. Ela tem uma inteligência simples e direta e convicções, mas tem seus momentos de fraqueza em que tudo o que quer é se esconder do mundo por algumas horas ou alguém com quem desabafar.
Eu queria que autor tivesse desenvolvido um drama maior na história, afinal levar um pé na bunda dezenove vezes de pessoas com o mesmo nome é motivo suficiente para deixar qualquer um bem deprimido. Okay, existe um certo drama. Mas, mais uma vez, assim como em ACEDE o câncer não é o foco principal do livro, o pé na bunda move a historia mas não é o foco total. Talvez a linguagem caipira incomode um pouco a algumas pessoas assim como me incomodou. Acho que é sempre um desafio para tradutores transcreverem sotaques sem que virem o nosso caipira bem Chico Bento, ocê sabe comé que é? Mais uma coisa sobre tradução... pensei que os anagramas não fariam muito sentido ou mesmo que ficariam muito fora de contexto. A tradutora fez um belo trabalho para as palavras não ficarem sem sentido.
Algumas pessoas dizem que esse não é o melhor livro do John. É o segundo que eu leio, e o que ele quer mostrar é algo completamente diferente do que vemos em ACEDE. Tenham isso em mente quando forem ler para aproveitar melhor a história e evitar desapontamentos. Prometo que, se forem com esse pensamento, o John Green não lhes dará um pé na bunda.
Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?
Página 202.