Autora: Lisa Gardner.
Tradução: Ivar Panazzolo Júnior.
ISBN: 9788581630168.
Páginas: 479.
Editora: Novo Conceito.
Capítulo do Livro
Skoob
Sinopse:
Em uma noite quente de verão, em um bairro de classe média de Boston, um
crime inimaginável foi cometido: quatro membros da mesma família foram
brutalmente assassinados. O pai — e possível suspeito — agora está
internado na UTI de um hospital, entre a vida e a morte. Seria um caso
de assassinato seguido por tentativa de suicídio? Ou algo pior? D. D.
Warren, investigadora veterana do departamento de polícia, tem certeza
de uma coisa: há mais elementos neste caso do que indica o exame
preliminar.
Na obra de suspense mais emocionante de Lisa Gardner, autora best-seller
do The New York Times, a vida de três mulheres se desdobra e se
conecta de maneiras inesperadas. Pecados do passado são revelados e
segredos assustadores mostram a força que os laços de família podem ter.
Às vezes, os crimes mais devastadores são aqueles que acontecem mais
perto de nós.
Eu recebi esse livro para resenha no ano de 2012, poucas semanas depois de seu lançamento. Mas eu só tive vontade de lê-lo neste ano. O que foi realmente bom, porque eu não sou fã de literatura policial. Se eu tivesse lido à época do lançamento, talvez não tivesse apreciado a história o tanto que apreciei lendo neste ano. Um viva ao momento de leitura! Mas confesso que escolhi lê-lo porque tenho acompanhado a série de tevê Castle - uma série policial em que um escritor ajuda a desvendar os crimes.
Durante sua infância, Danielle Burton perdeu a mãe, a irmã de 13 anos, o irmão de 11 e viu o pai, um ex-assistente de polícia, se matar aparentemente sobre o efeito de álcool. Resgatada pelo xerife Wayne do massacre em sua casa praticamente isolada do mundo, Danielle passou a morar com a tia Helen, irmã de sua mãe. Helen nunca teve um filho ou foi casada; era advogada e casada com o trabalho. Vinte e cinco anos depois, Danielle tornou-se enfermeira pediátrica, com especialização em cuidados psiquiátricos.
Sobrevivi. E, mesmo que não consiga me lembrar sempre do que aconteceu, eu vivo. Viver é a principal obrigação do sobrevivente.Pág. 9.
Enquanto Danielle cuida das crianças no hospital, Victoria Oliver tem de cuidar sozinha do filho de oito anos que ela tanto ama. O garoto, Evan, é bastante perturbado e tem alterações de humor; em alguns momentos, ele é simplesmente uma criança adorável, mas em outros parece que uma alma perversa toma conta de seu corpo, tornando-o assustador. Ele chega a ameaçar várias vezes a mãe de morte. Seu marido, Michael, entrou com o processo de divórcio por achar que Victoria o abandonou e à sua outra filha, Chelsea, para cuidar exclusivamente de Evan.
Você se esforça quando é pai ou mãe. Você ama além de qualquer defeito. Você luta além de qualquer dificuldade. Sua esperança vai muito além de qualquer decepção. Mas você nunca pensa, até o último minuto, que tudo isso pode não ser o bastante.Pág. 108.
D. D. Warren é investigadora da polícia de Boston há aproximadamente doze anos. Ela tem 38 anos, solteira e não tem filhos. Apesar disso, tem seus momentos e se pega lendo artigos sobre casamentos e cuidados com crianças. E até encontros ela começa a marcar com amigos de seus conhecidos. Ela é durona por conta do ambiente cheio de testosterona em que vive. Não se contenta com pouco quando pega um caso para resolver. E o caso que move a história do livro começa quando ela está no meio de um encontro. Uma família inteira é brutalmente assassinada, tendo o patriarca sobrevivido pouco tempo no hospital. O faro de D. D. Warren a faz ter certeza de que há mais coisa naquele crime do que ele aparenta ter.
A princípio, a gente consegue fazer algumas ligações entre as três mulheres por motivos aparentemente óbvios. E é aí que a gente precisa começar a pensar para fazer as ligações necessárias para tentar desvendar o que de fato aconteceu com aquela primeira família. É quando D. D. é chamada a uma outra cena de crime que as coisas começam a tomar novas proporções. O que parecia ser um acerto de contas por causa de drogas acaba se assemelhando ao primeiro crime. E a detetive precisa encontrar um elemento comum que será capaz de fazer com que sua investigação caminhe para a solução o mais imediatamente possível.
O livro tem narrativa em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Danielle e Victoria, e terceira pessoa, por D. D. Warren. A escrita de Lisa Gardner é bastante envolvente. A todo momento, ela nos instiga a pensar uma coisa para em poucos capítulos modificar todas as nossas teorias sobre quem pode ser o perpertrador dos crimes. Eu só fui realmente sacar quem era quando a autora resolveu revelar. Os personagens são bem construídos, principalmente Danielle e Victoria mesmo mostradas em primeira pessoa.
A princípio, a gente consegue fazer algumas ligações entre as três mulheres por motivos aparentemente óbvios. E é aí que a gente precisa começar a pensar para fazer as ligações necessárias para tentar desvendar o que de fato aconteceu com aquela primeira família. É quando D. D. é chamada a uma outra cena de crime que as coisas começam a tomar novas proporções. O que parecia ser um acerto de contas por causa de drogas acaba se assemelhando ao primeiro crime. E a detetive precisa encontrar um elemento comum que será capaz de fazer com que sua investigação caminhe para a solução o mais imediatamente possível.
(...) Ninguém sabia que ela passava longos períodos sem se ligar a qualquer outro ser humano. Nada de abraços, nada de carinhos pela manhã, nada de beijos no rosto. Ela não tinha um cachorro que pudesse levar para passear ou um gato para acariciar. Ela não tinha nem mesmo uma planta com a qual pudesse relaxar, admirando as folhas verdes.
Pág. 284.
O livro tem narrativa em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Danielle e Victoria, e terceira pessoa, por D. D. Warren. A escrita de Lisa Gardner é bastante envolvente. A todo momento, ela nos instiga a pensar uma coisa para em poucos capítulos modificar todas as nossas teorias sobre quem pode ser o perpertrador dos crimes. Eu só fui realmente sacar quem era quando a autora resolveu revelar. Os personagens são bem construídos, principalmente Danielle e Victoria mesmo mostradas em primeira pessoa.
Viva para contar é o quarto livro da série protagonizada pela Det. D. D. Warren. Eu tenho um "TOC" literário para livros de série que eu não tenho os anteriores. Sempre acho que vou pegar spoilers brabos. Mas não senti que precisava ler os livros anteriores da Det. Warren para entender o andamento dessa história, porque assim como um episódio de série policial é somente de um caso que ele trata. É um livro único, com começo, meio e fim.
Recomendo para quem gosta de literatura policial. Mas se você não é um apreciador do tipo, espere estar no momento para ler. Se possível, assista Castle para entrar no clima. Eu juro que você vai gostar bem mais de ler depois de assistir à série.