Resenha | O milagre

O milagre
Autor: Nicholas Sparks.
Tradução: Elvira Serapicos.
ISBN: 9788520924822.
Páginas: 328.
Editora: Agir.
Skoob

Sinopse:

Jeremy Marsh é um respeitado jornalista que não consegue emplacar um relacionamento afetivo que o faça feliz. Acostumado a viajar pelo mundo à cata de lendas urbanas, Jeremy parte em direção a uma cidadezinha do sul dos Estados Unidos para investigar as misteriosas luzes de um antigo cemitério escravo que teria sido alvo de uma maldição. Lá ele conhece a bela Lexie Darnell, que irá ajudá-lo em sua fantasmagórica missão.
Prestes a descobrir um segredo que poderá abalar os alicerces da comunidade, esse implacável destruidor de mitos terá de se confrontar com o único fenômeno que considera genuinamente misterioso e sobrenatural: uma paixão avassaladora.

Se você me acompanha no blog, sabe que eu gosto do autor Nicholas Sparks. E ao contrário de muita gente, gosto do drama que o autor cria e de seus finais quase nem sempre felizes.

O livro O milagre, publicado pela editora Agir em 2010, conta a história de Jeremy Marsh. Ele tem 37 anos é um especialista que desmascara assuntos sobrenaturais. Jeremy é convidado a ir até Boone Creek, onde, em um cemitério, misteriosas luzes aparecem. Para investigar esse mistério, ele precisa conhecer o passado da cidade. E é na biblioteca da cidade que ele conhece Lexie Darnell.

Eu fiquei um pouco confuso com o toque de realidade/fantasia que o autor tentou colocar no livro. Ao final da leitura, não consegui entender se algumas pessoas daquela cidade possuíam algum dom fora do normal. Como o caso de Doris, a avó de Lexie, que supostamente é capaz de adivinhar o sexo dos bebês antes de eles nascerem.

Nicholas Sparks criou uma mocinha que me irritou tanto que eu não conseguia me convencer dos motivos que o Jeremy tinha para amá-la. Ela tem essa coisa de não se abrir para o amor, de achar que a sua cidade do interior é o suprassumo das cidades. E Jeremy também não é um protagonista interessante, pois, apesar da idade, age com certa imaturidade. Se a intenção do autor foi de despertar essas sensações em que leu, ótimo. Mas se ele tentou criar personagens carismáticos, falhou. 

Ele sacudiu a cabeça, sentindo a mesma perplexidade de sempre com os rumos que sua vida havia tomado. O grande sonho. Estava por aí em algum lugar, ele ainda sentia na alma a paixão por buscá-lo.
Pág. 29.

Como esse é um livro anterior aos vários do autor que eu li e que me fizeram gostar de sua obra, e como eu não curti tanto, não fará com que eu veja o autor de outro modo. Mas posso deixar bem claro que neste livro não é todo o romance e drama que faz a fama do autor. Portanto, se forem ler tenham isso em mente para não se decepcionarem. Este livro possui uma continuação, chamado À primeira vista, e foi publicada no Brasil pela editora Arqueiro.