sábado, 19 de janeiro de 2013

Resenha | Laços inseparáveis

Laços inseparáveis
Autora: Emily Giffin.
Tradução: Maria Angela De Amorim Paschoal.
ISBN: 9788563219473.
Páginas: 448.
Editora: Novo Conceito.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse

Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta... para apenas encontrar Kirby Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter deixado para trás para sempre.

Desde que eu li Presentes da vida, eu fiquei bastante interessado em conhecer outros trabalhos da autora Emily Giffin. A autora me encantou por ter uma facilidade enorme em criar os cenários e fazer com que consigamos enxergá-los como se estivéssemos literalmente vendo o enredo como quando vemos um filme. Ela, também, soube desenvolver bem os personagens, mostrando o crescimento aos poucos e de forma eficiente.

Laços inseparáveis é o quinto livro publicado pela autora no Brasil. Ele conta a história de Marian Cadwell, uma famosa produtora de tevê que há dezoito anos engravidou de Conrad Knight. Mas algumas eventualidades a levam a entregar o bebê para um casal que há muito procurava uma criança. Este bebê se torna Kirby, uma adolescente como outra qualquer. Tem seus problemas e neuras, e gosta de boa música. Ela sempre soube que era adotada e quando completou dezoito anos, resolveu que queria conhecer sua mãe biológica.

Abro esse espaço para esclarecer uma coisa. Marian entregou a filha para um tipo de adoção aberta. A garota teria acesso ao endereço da mãe biológica quando alcançasse a maioridade, e a mãe biológica precisava atualizá-lo periodicamente. É um tipo de adoção bem conhecido nos EUA que tem por objetivo beneficiar a criança, que provavelmente não crescerá com algum trauma por ser adotada ou de algum modo se sentirá abandonada pela sua família biológica.

A narrativa é intercalada pelos pontos de vista de Marian e Kirby. Conhecemos bastante do passado das duas, descobrindo os amores e amizades que Marian teve na juventude e os motivos que a levaram a entregar a própria filha para a adoção. Kirby, por sua vez, mostra as inseguranças que uma filha adotada tem à face de uma irmã cujos pais biológicos são seus pais adotivos.

A fluência da leitura é realmente muito boa, e o tamanho da fonte colabora tornando a leitura mais rápida. No entanto, não tem como não fazer algumas ressalvas. Achei muito fácil o modo como Kirby chegou até Marian. A reação dos pais dela pela garota ter mentido e ido para Nova York conhecê-la foi tranqula demais. Não precisava ter um drama, porque não é essa a intenção da autora com a história, mas ninguém se torna responsável da noite para o dia. Mas eu gostei do final, se tivesse sido diferente teria achado alguma coisa forçado. Apesar de ter fechado a história, bem que Emily poderia fazer uma continuação...
Fico paralisada esperando as palavras que eu imaginava e temia, com as quais ficava apavorada e sonhava nos últimos 18 anos. Então, quando parecia que meu coração iria explodir, eu finalmente a ouço dizer:
- Acho que você é minha mãe.
Pág 27.
Este é um livro que vai agradar aos leitores da Emily Giffin, mas também pode ser uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho da autora. Leiam!


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