sexta-feira, 5 de abril de 2013

Resenha | Trocada

Trocada  - Trylle #1
Autora: Amanda Hocking.
Tradução: Priscila Catão.
ISBN: 9788579801341.
Páginas: 320.
Editora: Rocco.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Quando Wendy Everly tinha seis anos, sua mãe foi convencida de que ela era um monstro e tentou matá-la. Onze anos mais tarde, Wendy descobre que sua mãe poderia estar certa. Ela não é a pessoa que ela sempre acreditou ser, e toda a sua vida começa a ser desvendada. Tudo por causa de Finn Holmes. Finn é um cara misterioso e parece estar sempre olhando para ela. Cada encontro deixa Wendy profundamente abalada. Mas não é muito antes de ele revelar a verdade: Wendy é uma changeling que foi trocada ao nascer e ele veio para levá-la de volta para casa. Agora Wendy parte para uma viagem a um mundo que ela nunca soube que existia, um que é ao mesmo tempo belo e assustador. E onde ela deve deixar sua antiga vida para trás para descobrir qual será o seu destino. 

Trocada é uma fantasia sobrenatural que tem uma premissa bem legal. Um bebê humano é trocado por um bebê mágico logo ao nascer. Anos depois, alguém volta e "resgata" o bebê deixado com os humanos e o leva de volta para sua verdadeira família.

Vamos conhecer a história por trás dessa bela capa.

No seu aniversário de seis anos de Wendy, a mãe pira e tenta matá-la, alegando que a garota não é sua filha de verdade. Com a interferência de Matthew Everly, seu irmão mais velho sete anos, algo pior não acontece. Quase doze anos se passam, Wendy e Matt passam a morar com a tia Maggie numa nova cidade. Eles nunca moraram muito tempo em um lugar. As expulsões de Wendy de várias escolas obrigaram a família a mudar diversas vezes. 

Em qualquer colégio que eu estudasse, os alunos pareciam nunca gostar de mim, mesmo antes de eu dizer ou fazer algo. Sentia como se tivesse algo de errado comigo e todos soubessem. Tentava me dar bem com os outros, mas eu só aguentava que mexessem comigo até certo ponto antes de revidar. Os diretores e os reitores não demoravam a me expulsar, provavelmente porque achavam o mesmo que os alunos.
Página 25.

Finn Holmes é um novato na turma de Wendy. Sempre que a garota o olhava, pegava Finn encarando-a de volta de maneira bem descarada. Descobre-se que Finn é um rastreador, o "Hagrid" que vai contar o máximo de verdade possível para Wendy sobre suas origens. Um rastreador é alguém responsável por encontrar um changeling e levá-lo de volta para Förening. Changeling é como o bebê Trylle trocado é chamado; Trylle, por sua vez, é como a autora resolveu chamar uma certa classe de criatura mágica. E Förening é o nome da "aldeia" em que os Trylle vivem e que existe para melhorar e preservar o jeito Trylle de viver.

Somos introduzidos muito rapidamente ao "mundo mágico" que coexiste ao mundo real. Não há aquela delícia de esperar e descobri-lo, mas esse não é um grande problema. Conhecemos a rainha Elora, que governa pensando que a única maneira de ser respeitada é sendo temida. E os Vittra, uma facção que tenta enfraquecer o poder em Förening.

Por se tratar de uma narrativa em primeira pessoa, conhecemos o que Wendy conhece e a autora resolveu que a personagem não precisava mergulhar naquela nova cultura. Por que eu digo isso? Quando chega em Förening, Wendy descobre que se espera dela uma grande responsabilidade no futuro. Se eles esperam tanto dela, eu não entendi por que a autora limitou o conhecimento que a personagem deveria adquirir sobre seu povo.

Ao invés de alguns termos serem logo explicados para a garota, somos levados a esperar por sua explicação porque sempre a promessa de que alguém vai lhe dizer o que ele significa. Há um ou outro que conseguimos adivinhar antes da personagem saber pelo contexto e um pouco de previsibilidade, como mänsklig.

O desenvolvimento possui mais alguns pontos que deveriam ter sido mais elaborados para não levantar tantas perguntas. Por que Kim simplesmente não buscou ajuda para descobrir o que houve com seu filho verdadeiro já que tinha a certeza de Wendy não ser o bebê a quem dera à luz? Ou ela poderia tê-la abandonado na rua, num orfanato, já que a outra opção era tornar-se assassina. O motivo dos Trylle trocarem as crianças é um pouco bizarro. O mais estranho é acreditar que os changelings são capazes de fazer o que se espera deles após tantos anos de convivência com os humanos. Será que eles não sentem culpa?

Eu gosto muito de livros com capas vermelhas, com essas cores mais quentes. E isso foi o que primeiro me chamou a atenção para o livro. Afinal, o primeiro contato que a gente tem com um livro é pela capa. Trocada tem capa soft touch, tamanho 14x21 e folha pólen; a fonte é boa e faz com que a leitura flua rapidamente.

O livro termina de um jeito muito estranho, com a personagem tomando uma decisão sem um conflito para pesar os prós e contra de fazer aquilo. Apesar do livro ter algumas falhas, eu ainda quero saber o que a autora preparou para a continuação. Recomendo que vocês leiam, pois é um livro que divide muitas opiniões.

(...) - Mas existe um lugar do qual você faz parte. Existe um lugar onde você tem uma família. Simplesmente pense sobre isso.
Página 51.
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