sexta-feira, 26 de abril de 2013

Resenha | O jardim secreto

O jardim secreto
Autora: Frances Hodgson Burnett.
Tradução: Sônia Moreira.
ISBN: 9788563560605
Páginas: 344.
Editora: Penguin-Companhia.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Um livro delicado, meigo e muito mágico. Conta a história da jovem Mary,uma menina mal-humorada e infeliz que acaba indo morar na casa de um tio seu, após o falecimento de seus pais. A casa é uma mansão nas charnecas, um lugar que ela escolhe odiar. Porém, vendo que não há outra forma e que ela terá que ficar lá, a menina decide explorar o local. Acha um velho jardim trancafiado em uma de suas explorações e decide cuidar dele com a ajuda de dois amigos. Mostra do começo ao fim o crescimento de Mary e de seus amigos.

O jardim secreto conta a história de Mary Lennox, uma garotinha de 10 anos que perdeu os pais e todos os criados da família quando um surto de cólera, na sua forma mais fatal, atingiu a cidade e matou as pessoas feito mosca.

Mary levava uma vida horrível. Tirando sua aia, ninguém mais lembrava dela. Mesmo sua mãe a negligenciava, preferindo festas e coisas bonitas e Marie não era nada bonita - tinha carranca e pele amarelada devido às várias doenças que já teve. As pessoas falavam de sua feiura como se ela não estivesse presente. A existência dela era tão duvidosa que os soldados ficaram surpresos quando a encontraram sozinha na casa após a morte dos pais.

'Minha nossa! Que criancinha feia!', disse ela. 'E nós ouvimos falar que a mãe dela era uma lindeza. Parece que ela não transmitiu muito a beleza dela para a filha, não foi, senhora?'
Página 41.

Ela é, então, levada para a Mansão Misselthwaite, na Inglaterra, que pertence a um tio de quem ela nunca ouviu falar, o Sr. Archibald Craven. A primeira impressão que ela tem dele é de um homem que não se importa com ninguém, um homem triste e solitário que perdeu a esposa há dez anos e, juntamente, a esperança na vida.

O crescimento de Mary ocorre enquanto ela descobre o mundo fora da Mansão e explora os vários quartos trancados do lugar e na observação das pessoas que trabalham para o tio. Ela se vê refletida no jardineiro Ben e percebe que as pessoas quando estão sozinhas nos parecem azedas e rabugentas. Mas que a mera companhia de um pássaro ou uma pessoa amiga faz com que elas tenham uma careta de sorriso e em como seu rosto fica mais agradável e tudo ao redor mais belo. (pág. 69). Até o pulso firme que a governanta Medlock deveria ter ela toma para si quando descobre a origem de um choramingo que escuta algumas vezes ecoando pelos corredores da casa.

Eu não sei se outras pessoas tiveram a mesma impressão que eu quanto a um fato que ocorre mais para o final do livro. Quando uma pessoa entra no jardim, senti que houve um toque profundamente religioso envolvido nessa aparição. E eu fiquei com a pulga atrás da orelha quanto a algo que o jardineiro conta para Mary e fica apenas subentendido. O livro é cheio de mensagens nas entrelinhas, como quando Mary encontra os pontinhos verdes em meio ao mato e galhos secos do jardim e começa a trabalhar a terra. Fala sobre amizades entre pessoas improváveis, como às vezes é preciso dar uma sacudida em quem vive resmungando para colocá-lo na ativa novamente. E que é preciso ter fé que as coisas podem dar certo e se tornarem belas novamente.

É um livro para ser apreciado aos poucos para que essas mensagens sejam sentidas. Recomendo muito!

Mas ela estava dentro daquele jardim maravilhoso, podia entrar pela porta escondida debaixo da trepadeira quando quisesse e tinha a sensação de ter encontrado um mundo só seu.
Página 105.

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