quinta-feira, 25 de junho de 2015

Resenha | Reboot

Quando eu vi o título desse livro, minha mente imaginou várias vertentes para a história - inclusive a apresentada pela autora. No entanto, algumas coisas eu imaginava - e esperava - ver de outra forma.


Imaginei, por exemplo, que fosse haver um conflito interno maior dos personagens em relação a serem reiniciados. Os chamados reboots são pessoas que morreram e voltaram à vida. Quanto mais tempo levam para voltar, menos sentimentos humanos elas supostamente têm. Assim, quanto mais cedo voltam, mais próximo da humanidade eles estão. Isto provavelmente explica o que eu esperava ver e não vi. Na minha opinião, a autora deixou de explorar um ponto muito bom ao se decidir por isso. Seria incrível ver os conflitos desses jovens que eram para ter morrido, mas voltaram a viver e são obrigados a servir como uma "força militar" do governo.

Quando os humanos começaram a se levantar da morte, eles foram chamados de "milagre". Os Reboots eram a cura para o vírus que dizimara grande parte da populção. Eram mais fortes e mais velozes e quase invencíveis.
Pág. 21.

Na história apresentada, conhecemos a reboot Wren, que reiniciou 178 minutos após morrer. Isso a tornou uma lenda entre os reboots, temida, e sempre encarregada das missões mais puxadas. Um dia, porém, novos reboots chegam e precisam ser avaliados e passar por treinamento. Dentre eles, está Callum, um dos que despertaram mais cedo após a reinicialização. Contrariando o esperado, Wren acaba se prontificando para treiná-lo. Porém, Callum não aceita suas funções sem questionar as razões dela, o que se torna uma grande dor de cabeça para Wren. Mas também o começo do seu novo despertar. Apesar da autora nos dar informações sobre como o mundo chegou ao estado atual - um vírus dizimou várias pessoas e algumas voltaram à vida para trabalhar na CRAH, Corporação de Reaproveitamento e Avanço Humano -, senti que faltou um pouco mais de aprofundamento em algumas partes. Não ficou muito claro para mim quem centraliza o poder e as motivações dos rebeldes.

Porém, Amy tem seus méritos ao descrever cenas de ação eletrizantes e momentos de tensão de tirar o fôlego. Como no caso do "bug" que alguns reboots passam a ter.

Eu terminei a leitura sem saber se eu havia gostado ou não do livro. É estranho, sei disso. Mas se houver um novo livro em breve, eu realmente vou lê-lo.

Um monstro que gosta de caçar pessoas. Não gostei das palavras, não queria que ele pensasse em mim dessa maneira.
Pág. 86.

Autora: Amy Tintera.
Tradução:.
Editora: Galera Record.
Páginas: 352.
ISBN: 9788501401090.
Classificação: 3/5.
Capítulo do Livro
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