terça-feira, 7 de abril de 2015

Resenha | O Voo da Libélula

Uma pergunta é feita logo na capa, em O Voo da Libélula: Qual delas?

Parece ser uma pergunta simples, mas a resposta, obviamente, só poderá ser descoberta, ao final.

Quando li a sinopse do livro de Michel Bussi eu me senti obrigado a ler este livro a história, por si só, já nos entrelaça de tal maneira, que ficamos convencidos de que devemos desvendar tal mistério: Um avião que, por coincidência do destino, levava duas meninas recém nascidas. Em meio há um a trágico acidente apenas uma sobreviveu: Qual delas?

A rica Lyse-Rose, ou a humilde Émile? Quem deveria cuidar da menina, que por um milagre, sobrevivera ao acidente de avião no Mont Terríble, na fronteira franco-suíça, a poderosa família de Leónce de Carville, ou a prosaica família Vitral?


Imagem retirada de: http://myronbolitarloversbr.blogspot.com.br/



A história.

Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade.

Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade.

Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado.

Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas.

Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.

Impressões

A narrativa fluída que Bussi emprega em seu livro, leva o leitor a não querer desgrudar do exemplar, é fascinante. 18 anos de investigações resumidas em um diário de 100 páginas cujo o final, - antecipado pelo próprio dono, Grand-Duc, - não revelará objetivamente quem é a sobrevivente do trágico acidente da noite de 23 de dezembro de 1980.

É o leitor que aos pouco, dará a sentença. Quem morreu naquele acidente, quem deverá sobreviver? Na impossibilidade determinar quem sobreviveu, quem deverá cuidar de Lylie, como a mídia apelidou a milagrosa sobrevivente, já que não se pudera naquele momento determinar se era Lyse-Rose de Carville ou Émile Vitral.

Pistas, examinadas a sua exaustão, são apresentadas pelo detetive Crédule Grand-Duc, que pouco antes de morrer, descobre de fato quem sobreviveu aquele acidente. Contudo, assassinado antes de revelar as famílias envolvidas, deixa ao leitor a missão de dizer: Qual delas?

Marc Vitral, possível irmão de Lylie, ajuda o leitor nessa busca incessante pela verdade, lendo o diário do detetive e reanalisando os indícios da verdadeira identidade de Lylie. A narrativa segue se alternando durante todo o livro. É que o autor revela as pistas e demonstra a consequência. Entretanto, como cada personagem reage de maneira muito diferente a cada descoberta, escritor narra o que cada personagem pertinente aquela pista está fazendo ou lidando com a descoberta.

Conseguirá ele achar a prova definitiva de quem sobreviveu ao acidente? É o que os leitores de Michel Bussi poderão conferir, mas não sem antes conjecturar eles próprios, o que aconteceu naquele fatídico dia.


Autor: Michel Bussi.
Tradução: Fernanda Abreu.
Editora: Arqueiro.
Páginas: 400.
ISBN: 
9788580413663.
Classificação: Investigativo.
Capítulo do Livro
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