terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Como a música pode influenciar na vida das pessoas

Eu não sou uma pessoa com o melhor gosto musical do mundo. Não lembro da última vez em que ouvi rádio. Então, não falo a menor ideia do que todos estão ouvindo. Para essa série, porém, eu resolvi voltar alguns anos no tempo. Especificamente para o ano de 2003 quando eu estava no 2º ano do ensino médio e comecei a ouvir uma cantora que me fez ir atrás de outras músicas.

Estou falando da Pitty.

Pitty é o meu melhor gosto musical. Nunca vou cansar de ouvi-la. Seus principais hits sempre tiveram alguma importância em determinados momentos da minha vida. Quem não tem uma trilha sonora para quando está feliz, triste, apaixonado ou simplesmente precisando encontrar força para passar por alguma barra? Acredito que o único momento em que Pitty ainda não cantou algo para mim foi sobre paixão, porque eu ainda não me apaixonei. Ok, não vamos entrar neste detalhe.

1 - Máscara (Admirável Chip Novo, 2003)


Esta foi a primeira música da Pitty que eu ouvi, assim como deve ter sido a de muita gente. Resumindo, a música fala sobre pessoas que julgam outras pessoas sem conhecer sua história. Sem conhecer a bagagem que elas carregam durante a vida.

Naquela época, dos meus 15 para os 16 anos, eu buscava encontrar um grupo para me encaixar. Bem coisa de ensino médio mesmo. O grupo que eu mais queria me envolver era o dos roqueiros. Eu achava incrível todo aquele clima sombrio, misterioso. Na minha escola, era a maioria. E no meu bairro aconteciam vários shows de bandas de garagem na praça principal. Eu quase nunca fui a esses shows.

Em retrospecto, eu nunca me aproximei de grupo algum. Não me recordo de haver nerds ou outras pessoas que gostassem de ler, mas havia os garotos que jogavam bola. O grupinho que jogava baralho durante o recreio. Eu me sentia deslocado com toda a simplicidade com a qual levava a vida. E ficava agarrado ao meu Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban para ter o que fazer. Hoje ainda eu não sinto que faço parte de algum grupo e não sei explicar muito bem o porquê, pois estou em alguns.

Máscara me ensinou a não julgar e sim a respeitar.

2 - Anacrônico (Anacrônico, 2005)


O novo CD da Pitty me encontrou quando eu já estava no meu primeiro emprego e o contrato da empresa terminaria em breve. Não havia mais aquele ambiente familiar da escola, aquela rotina e as mesmas pessoas de sempre. Era o prólogo do mundo real, com gente diferente de outros tantos lugares. Algumas pessoas legais, outras nem tanto. Eu não tenho muito o que falar sobre o momento dessa música, porque cada palavra ecoaria na letra. Apenas ouçam.

3 - Pulsos ({Des}concerto, 2007)


Eu sempre gostei dessa música desde que Pitty a colocou em seu primeiro CD ao vivo. Mas a importância dela veio somente alguns anos depois. Uma época bastante atribulada em que eu me sentia triste quase 100% do tempo. Um fato interessante é que Pulsos traz esse mantra tanto para o bem quanto para o mal: "tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência".

É bem ruim quando as outras pessoas menosprezam nossos problemas. Muitas criam uma capa de insensibilidade em volta de sua emoção e costumam enxergar somente o próprio nariz. Elas têm a infeliz mania de não levar a sério. Mas é pior ainda quando a gente não dá importância a eles. Vai passar e não será nada a partir do momento em que a gente quiser dar um basta. Meu basta demorou para vir, mas ainda não veio completo.

Eu encerro por enquanto a primeira parte dessa série sobre as músicas da Pitty que de alguma forma influenciaram a minha vida, dando-me alguma força quando esta não podia vir de outra forma. Eu não sei qual a opinião de você a respeito da cantora, mas eu a admiro muito.

Você tem alguma música que modificou sua forma de ver?
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