Olá, pessoal! Mais uma resenha especial nesta semana de Natal. O livro da vez é da autora irlandesa Cecelia Ahern, bastante conhecida por seu grande sucesso P.S. Eu te amo. Aqui no Brasil, ela também já lançou A vez da minha vida, O livro do amanhã e Se você me visse agora.
Autor: Cecelia Ahern.
Tradução: Ivar Panazollo Júnior.
Editora: Novo Conceito.
Páginas: 320.
ISBN: 9788581633145.
Capítulo do Livro
Skoob
Sinopse:
Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos... Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.
~Apresentação~
Em uma noite de Natal, um garoto de 14 anos, amargurado pelo pai ter uma nova e feliz família, simplesmente atira um peru congelado pela janela da sala do pai. Isso o leva a ser mantido em custódia pelo sargento Raphael O'Reilly, 59 anos, que, então, resolve lhe contar uma história sobre um homem que queria poder estar sempre em dois lugares ao mesmo tempo, abrindo mão de momentos preciosos ao lado da família apenas para ficar em dia com o trabalho.
(...) Às vezes é preciso se entregar a alguém para perceber quem você realmente é.
Página 14.
Esse homem é Lou Suffern. Ele é casado, pai de duas crianças, empresário bem sucedido e, ainda por cima, tem um caso com a própria secretária. Lou tem a vida quase perfeita, mas, por conta de todas as responsabilidades que ele assume no trabalho, sua família fica em segundo plano e ele sempre tenta cumprir mais compromissos do que é humanamento possível. Certo dia, ele conhece um homem chamado Gabe e lhe oferece uma oportunidade de emprego. Gabe é um cara bem pra cima e carrega um grande mistério. Ele aparentemente tem uma forma de se locomover bem velozmente, dando às vezes a sensação de estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Mas como isso é possível? Lou começa a investigar Gabe de perto, porque muito lhe interessa um meio de cumprir com todas as suas obrigações. É então que ele tem uma oportunidade única. E a história fica mais interessante.
~Narrativa e o protagonista~
A narrativa é em terceira pessoa e, a princípio, causa uma certa estranheza pela troca de ponto de vista. Uma coisa que me incomodou foi a transição de cena em algumas partes. Às vezes, eram tão abruptas que eu tive de reler essas partes para me situar novamente. A maior parte do livro é focada na história de Lou, mas em algumas nós voltamos a visitar o Garoto do Peru na delegacia enquanto ele espera que sua mãe o busque.
(...) Lou era um homem ocupado e, na única vez em que decidira colocar a família antes do trabalho, teve de pagar o preço.
Página 48.
Eu não gosto muito de personagens que foram criados para serem chatos. Vide O livro do amanhã. Apesar de Lou ter algumas atitudes bastante intragáveis, acredito que elas foram essenciais para fazer com que o protagonista tentasse - repito, tentasse - enxergar as particularidades das pequenas e simples coisas ao seu redor. Digo isso porque mesmo com Gabe transmitindo descaradamente as boas mensagens que tem para passar, Lou enxerga somente o próprio nariz, usando as dádivas somente para o seu interesse pessoal.
A capa é mais bonita pessoalmente do que por fotos. Internamente, a diagramação é simples mas bonita também. A fonte é de bom tamanho para leitura e o papel é o comum aos livros da editora. Assim como fez com Anjos à mesa, a editora preparou uma edição limitada do livro. Você o compra e ele vem em uma embalagem personalizada.
~Concluindo~
Depois da minha grande decepção com O livro do amanhã, O presente conseguiu com que eu recuperasse a boa impressão que tive da escrita da Cecelia com A vez da minha vida. Mas o livro não funcionou para mim do mesmo jeito que A vez da minha vida funcionou. Se quiserem saber mais do que estou falando, é só ler minha resenha do livro. O presente me fez questionar algumas coisas sobre a vida e eu simplesmente curto demais livros que provocam isso. Corram lê-lo!
Os caminhos ficam mais claros quando as pessoas param de dar atenção ao que os outros estão fazendo e concentram-se em si mesmas.
Página 166.