A Viagem do Tigre é o terceiro livro da série A saga do tigre. Portanto, se vocês ainda não leram A Maldição do Tigre e O Resgate do Tigre, essa resenha pode conter alguns spoilers.
Sabe quando você espera gostar da continuação de uma série porque curtiu os anteriores, mas já começa a leitura com um certo receio? Foi assim com O Resgate do Tigre e com A Viagem do Tigre. Mas diferentemente do que senti ao terminar a leitura do segundo livro d'A Saga do Tigre, A Viagem do Tigre deixou um pouco a desejar. Mas vamos saber os meus motivos!
Como nos livros anteriores, Kelsey precisa ir atrás de um novo tesouro para quebrar a maldição que jogaram nos príncipes tigres e recobrar a humanidade completa a eles. Após decifrarem o máximo que conseguem de uma nova profecia, eles partem em uma aventura em busca do tesouro, seja o perigo qual for e onde for.
A história poderia ter sido contada em pouco mais de duzentas páginas tranquilamente, uma vez que a autora não teve pressa no desenrolar dos acontecimentos principais que envolviam a profecia que os levou à aventura neste volume. Para vocês terem uma ideia, um capítulo dos doze primeiros tem, de fato, algum foco na história principal.
Como vocês podem imaginar pela bela capa - a mais bonita na minha opinião -, dragões, símbolos bastante conhecidos na cultura oriental, foram inseridos à histórias. E acho os dragões uma das criaturas fantásticas mais incríveis, mas eles não tiveram toda a glória que mereciam nas mãos de Colleen.
“- É bem triste sentir a ausência de quem amo quando ele está no mesmo lugar que eu”
Pág. 16.
A Kelsey ainda continua muito infantil. E por conta de todas as coisas por que passou, eu esperava um amadurecimento da personagem. Mas tenho a sensação apenas de que ela "curte" está envolvida em algo bacana e mágico e leva tudo na brincadeira. Eu simplesmente não consigo entender por que Colleen insiste em colocar Kelsey fazendo referência a personagens de outras histórias em momentos despropositados, como em discussões. Outro ponto sobre a Kelsey que eu ainda estou tentando entender: o que essa garota tem que atrai dois principes e outras pessoas? Leio os personagens salientando suas qualidades e não consigo vê-las na garota.
Eu não sei o que houve com o bad boy do Kishan neste livro. Em pouquíssimos momentos, ele ressurge das cinzas para dar uma movimentada na história. Mas em grande parte da história ele se dedica a ocupar, de forma até mansa ao meu ver, a vaga casual deixada por Ren. O Sr. Kadam e Nilima possuem uma participação maior, mas ainda assim pouco explorada. Kadam continua como um conselheiro e quanto a Nilima... bem, pensei que teria um crescimento maior na história e desejei muito isso.
Deixando o meu lado fã falar mais alto, tenho que dizer que eu não quero a Kelsey terminando essa saga ao lado do Dhiren. O cara tá tão bipolar e insuportável neste livro que apenas confirma a minha impressão sobre ele que tive nos livros anteriores. Em alguns momentos ele chega a ser tão possessivo que me lembra um certo "mocinho" fada de uma série que a Colleen gosta. Não sei se vocês sabem, mas eu não suporto mocinhos possessivos. Pessoas com essas personalidade são chatas. Imagina você vivendo ao lado de alguém que acha ruim você cuidar do seu próprio cabelo?
Vocês que me acompanham aqui no blog sabem que eu sou realmente sincero quando não curto algo num livro. Apesar desses pontos todos que eu destaquei, no todo, A Viagem do Tigre é um bom entretenimento.Eu espero sinceramente que a autora me surpreenda com as sequências, pois a saga ainda tem/terá dois livros - O Destino do Tigre e O Sonho do Tigre. Será que Colleen tem mais história para contar? Vamos aguardar e ler!
“- Para muita gente, o amor é uma moeda de duas faces. Pode fortalecer ou enfraquecer, expandir ou encolher, enriquecer ou empobrecer. Quando o amor é correspondido, nós florescemos. Somos levados a alturas jamais vistas, onde ele nos delicia, revigora e embeleza. Quando o amor é tolhido, nós nos sentimos aleijados, desconsolados e deprimidos.”
Pág. 351.