terça-feira, 11 de agosto de 2015

Resenha | Brilhantes - Volume I

Se você gosta de ação, estratégia, política e distopia, saiba que a Galera Record nos brindou com Brilhantes, vamos falar sobre ele?

Brilhantes esclarece na primeira página, o motivo pelo qual o livro tem este título. Um trecho do Editoral do The New York Times de 1986 dá conta de um estudo informando que a cada hora, em todo o mundo, nascem pessoas “Brilhantes”. Essas pessoas, dotadas de extraordinária inteligência. Que até a década de 80 só nasciam uma a cada geração, agora estão nascendo centenas, talvez milhares a cada dia. O jornal, ainda em 1986 já questionava “o que vai acontecer quanto estas crianças crescerem?”.

O autor inicia o livro propriamente dito, dando uma resposta a essa pergunta. O mundo ficaria (e está) a beira de um colapso. Brilhantes durante anos usaram de sua inteligência fora do comum, enriquecendo rapidamente. Tendo vantagens de toda ordem. Um deles se tornou o homem mais rico do mundo. Sua percepção sobre o mercado de ações fez com que a Bolsa de Nova York praticamente quebrasse e teve de ser fechada pelo Governo para ter uma reestruturação “a prova de Brilhantes”.

Inicialmente, os Brilhantes são bem recebidos e celebrados. Uma dádiva para cada família. Contudo, com o crescimento exponencial a população média, ou seja, a população dotada de uma inteligência regular, começa a ficar incomodada com os feitos desses pequenos gênios. Inicia-se assim um monitoramento sobre esses cidadãos e quando o mundo se vê fortemente ameaçado.

A repressão aos Brilhantes se intensifica, e é neste contexto que o nosso protagonista, Nick Cooper é apresentado. Ele é um Brilhantes, ou “anormal”, como agora são chamados os Brilhantes. E é tido como traidor pelos outros Brilhantes já que ele atua para o Departamento de Análise e Reação, setor governamental responsável por fiscalizar cidadãos Brilhantes e caçar os que demonstrarem ser terroristas.

Como vilão, temos John Smith, um Brilhante que é o mestre da estratégia, considerado um dos Brilhantes mais inteligentes dos já encontrados. Smith é um terrorista habilidoso que matou mais de 70 pessoas (inclusive uma criança) a sangue frio, dentro de um bar em Whashington. Agora caçado, Smith tem seu exército de Brilhantes, que acreditam que não devem se submeter a ordem da população comum.

O livro é divido em duas partes, mas não convém dizer o nome delas já que seria um spoiler. Basta dizer que Cooper recebe, agente mais competente do Departamento de Análise e Reação ficará, como dizemos popularmente “entre a cruz e a espada”.

Markus Sakey aborda a narrativa em terceira pessoa, e introduz constantemente o pensamento do protagonista no texto, principalmente durante conversas. Como o pensamento dele é narrado em primeira pessoa isso deixa o leitor muito próximo do protagonista. E apesar dele ser bem fácil de detestá-lo no início, esse elemento traz carisma a personagem. A leitura é muito fluída e gostosa.

Agora, falando da parte física do livro, ele é muito bonito, a arte da capa é muito interessante, representando um mapa – que eu presumo ser de Whashington –, em alto-relevo. A diagramação é excelente o que facilita muito a leitura das mais das suas quase 500 páginas.

Em relação as críticas, em sua contra a capa o livro tem nada mais nada menos que cinco citações e ressalto a de Gillian Flynn autora de Garota Exemplar.
Um mundo espetacular. Política, preconceito e revolução se misturam e vão fazer pensar.

Ou seja, se vocês ainda não tem este livro na lista, podem colocar logo, não deixem de ler esse livro. Acompanhado de Perdido em Marte, (que postarei a resenha logo, logo) é um dos melhores livros que já li.

Autor: Macus Sakey.
Tradução: André Gordirro.
Editora: Galera Record.
Páginas: 476.
ISBN: 9788501052742.
Classificação: Ficção, Literatura Estrangeira, Distopia.
Skoob
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