quarta-feira, 5 de março de 2014

Resenha | A cidade dos segredos

A cidade dos segredos
Autor: Sasha Gould.
Tradução: Luiz Gonzaga Fragoso.
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256.
ISBN: 9788581633121.
Classificação: 4/5.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Laura foi enviada para o convento logo depois da morte de sua mãe. Passa a maior parte dos dias em silêncio, e, apesar de ser tolerante e obediente, no fundo da alma não consegue aceitar a ideia de viver ali para sempre. Uma noite, sem maiores explicações, Laura é informada de que seu pai a quer de volta em casa. Feliz da vida, ela começa a se preparar para rever sua irmã mais velha, Beatrice, que há algum tempo deixou de responder suas cartas. O que ela jamais imaginava era chegar durante o velório de Beatrice, que morreu em uma situação inexplicável. Agora, o pai de Laura ordena que ela se case com Vincenzo, noivo de Beatrice, um homem muito mais velho e de aparência repugnante. A sociedade Segreta faz um pacto com Laura e promete ajudá-la a se livrar de Vincenzo – e a descobrir quem matou Beatrice. Sem alternativas, Laura é obrigada a depositar todas as suas esperanças nas mãos dessas mulheres enigmáticas. Mas até que ponto se pode confiar na palavra de alguém?

Este livro acabou sendo, para mim, uma leitura bem agradável e instigante. Por causa de alguns comentários que andei lendo antes da leitura, eu esperava ver a autora despirocar completamente na escrita. Diziam que do meio para o final a história tomava um rumo diferente, mas eu não percebi essa mudança. Não vou negar que o final fora um tanto apressado quando Sasha quis dar uma dinâmica maior e acabou se atropelando para contar tudo o que tinha para contar.

Tenho um segredo pra contar, eu não sabia que era assim... ♪

(...) Para uma mente desconfiada e alerta a todos os males possíveis, qualquer palavra minha pode, de algum modo, estar impregnada de pecado.
Página 08.

Laura está há seis anos no convento e está próximo de ser crismada. Passa a maior parte do tempo em silêncio, o que lhe rendeu o apelido de La Muta. Ela entrou no convento aos 10 anos, levada pelo pai contra sua vontade após a morte da mãe. Com o tempo, ela manteve contato com sua irmã, Beatrice, embora várias de suas cartas tenham sido interceptadas pela abadessa. No dia em que a abadessa a chama em seu escritório e revela a Laura que a jovem deixará o convento, Laura não imagina que, ao chegar em casa, a encontrará num momento de grande tristeza.

Como se isso não bastasse, seu terrível pai lhe revela uma importante, digamos assim, missão. Para escapar de um destino horrível nas mãos de um homem desagradável, Laura acaba recebendo a ajuda de um grupo de mulheres que se autodenominam Segreta. Mas para ajudá-la, a Segreta lhe pede um segredo e o que Laura tem para contar envolve gente muito importante. 

Desenvolvimento

(...) Um segredo pode cortar mais profundamente do que qualquer lâmina.
Página 83.

O livro começa de forma instigante ao presenciarmos a morte de uma mulher nos canais alagados de Veneza. Sasha optou por revelar alguns dos mistérios no meio do livro, o que eu não achei nada ruim. Isso porque ela apresenta outros e um deles é de muita importância porque envolve um conflito de anos entre duas famílias. Em praticamente todo final de capítulo algum acontecimento é revelado ou insinuado para fazer com que queiramos continuar a leitura. Eu adoro quando o autor tem essas técnicas de prender o leitor. Com capítulos curtos, a leitura flui mais rapidamente.

Logicamente que o livro não é perfeito e apresenta algumas falhas. Como a previsibilidade de alguns acontecimentos e o romance que parece acontecer na mesma velocidade em que fazem um lanche do McDonald's. Isso vai incomodar algumas pessoas? Com certeza vai. A leitura de A cidade dos segredos é para ser despretensiosa. Um livro que a gente pega para desapegar de outra história.

Conclusão

Eu encerrei a leitura sem saber muito bem o que esperar da continuação. Porque, sim, este livro é apenas o primeiro de uma série chamada Cross my heart. O segundo livro, com o título em inglês Heart of glass, foi lançado em 2013.

O sentimento de perda é uma serpente negra que se move dentro de mim; ela se mantém enrolada ali, à espreita, poderosa. Acho que nunca me deixará.
Página 23.
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